sábado, 30 de junho de 2012



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Quintais harmônicos

Dona Iracema adora comer sentadinha no banquinho, na sombra do Jasmineiro, em seu quintal, lá na roça dos Peixinhos. Quiabo, beringela, cenoura, batata, couveflor, abóbora, pirão de galinha caipira e arroz quebradinho cozido em papa. Mesmo sem dentes dona Irá come tudinho e tem força de guerreira para pegar a vassoura pra varrer o terreiro e molhar planta por planta.



Depois que as galinhas ciscam e ciscam, dona Irá só varre porque adora uma vasssoura. Mas nem precisava porque as pintadinhas, neguinhas e galeguinhas fazem um trabalho primoroso, de dá gosto. Mas seu Peixinho só come os frangos, as galinhas eles deixam pra ciscar e ciscar, botar ovo, chocar e fazer nascer novos pintinhos.

A

As galinhas da roça de dona Iracema comem sobras de frutas, restinhos de arroz, feijão,raspas de fundo de panela, sobrinhas diversas, vindas da cozinha. Mas o velho Peixinho não deixa o ritual de todo dia cedinho, quando as vacas estão no curral, desmamando, ele pega punhados de milho moidinho e salpica no chão, onde elas ciscam e ciscam o dia inteiro, ajudando dona Irá a limpar o quintal.


Essa luz ai vem dos primeiros raios de sol da roça dos Peixinho. A gente levanta ainda madrugada, pra fazer o café dos boiadeiros que pegam as vacas antes dos primeiros muuússs, pra tirar o leite que o véi Peixinho adora tomar com café e pão de cesto, pra depois pegar o cachimbo e andar pelo pasto, pra ver as cercas quebradas, catar os ovos, pegar ração de algaroba,já que as emas,que adora comer essas bagens,foram comidas sabe-se lá por que bicho!! Uma tristeza não ver mais as emas na beira da várzea de água salobra, procurando algarobas. Gostava tanto de ver essa cena que um dia descir morro, subi morro e fui lá beira, pra ver elas e encontrei uma cobra em meu caminho. Ohei, parei, passei e ela ficou ali, quietinha, esperando eu passar, educada que nem só. Mas, que deu medo, deu! Tive respeito por ela e ela por mim, Ai aprendi como lidar com uma cobra no meio do seu caminho.


Dona Irá não perde a oportunidade de numa visita a uma amiga, dar uma andada no quintal e sempre ganha um galhinho de alguma planta que logo planta, para esverdear sua moradia. Olha aí o sorriso de dona irá depois que ganhou o presente da família de Josa, camarada de fé e coragem que ajuda o velho Peixinho no roçado.


Olha aí a família do Josa, todo feliz, com o irmãos e sobrinhos. Nesse dia o Josa levou a gente pra conhecer as músicas de seu irmão, cantor dos bons. Essa casa ai de varanda verde foi construida com o talento musical e de coragem da família, Dona Irá gostou tanto que até dançou com a mão na cintura. O nome da cidade é Jaguarari e fica a uns 30 quilômetros da roça dos Peixinho.

Na despedida, finalzinho da tarde, dona Irá e a família do Josa prometeu ir ver dona Irá na roça e mandou um abraço por véi Peixinho, seu César e todo mundo, além de fazer questão de levar um dvd das músicas que ouvimos a tarde toda, comendo cachorro quente de carne moída com pimentão, tomate, coentro e cebolinha, colhidos no quintal do irmão do Josa. Fizemos um molho pra se lambar e lamber dedinhos na boca. Os pão, de cesto, foi feito em forno de lenha morta e sem fermento. De tão gostoso, não resistimos em tirar umas umas lascadas pra ir comendo, purinho, no caminho da padaria até a casa.Êta tarde boa. Dona Irá deve tá com saudade, devo e quero voltar logo, pra lá, e fazer outras visitas dessas boas.
Os meninos de seu Cesar são guerreiros de roças e adoram descobrir ninhos, gatinhos e outros bichinhos. Eles ficam meio sem graça, pela timidez e discrição, mas acabam gostando de pousar sempre abraçados e sorrindo, pra pra foto ficar assim, cheia de amor e felicidade.
Essas cadeiras ai que eles tão sentado são tão velhas e fortes como as pedras do fundo da parede. Meu pai sempre foi assim, só gosta de coisa que dura muito tempo. A cama que ganhei de meu pai, pra o apertamento que moro em Salvador, tem 24 anos e continua a mesma coisa. Foi feita de encomenda, com tamanho personalizado, não é solteiro, nem casado, é solteirão. Mas cabe uma família inteira, no aconchego dos laços de saudades da infância.
Acordamos todos muito cedinho na roça da família da Lea, mulher de meu irmão Rene, Era aniversário de minha mãe e a gente ira fazer uma festa daquelas, de matar um boi. Que depois de abatido pude ver cada parte, do chifre aos bofes, sendo 100 por cento aproveitado. Que ritual cuidadoso, meticoloso. O corte certo em cada junta, em cada tecido. Gosto de carne, todas elas. Como gosto de folhas, flores e frutos, todos eles, A família de Léa tem tradição em churrascos de bode, de boi e sabe fazer a melhor carne de sol que já ví preparar, com sal alho, pimenta do reino e varal, ao sol e frio, para estender e deixar curar. Fica bem molinha e quase derrete na boca. Fui premiada com a picanha, que tem uma, ou é duas, em casa boi, e pesa cerca de um quilo. Mas, mereci porque trabalhei ai, olhe a foto, desde o amanhecer, cedinho, antes das 5 da manhã, até o gerador de energia se apagar, por volta das 21 horas, quando todos dormem,



Depois de levar as cabras e os bodes pra tomar àgua nos tanques naturais, quando ainda tem água de chuva, é hora de trazer de volta pro curral,e ver chifres,cores,tamanhos e ouvir bebebés, fracos e fortes. Trabalho que dona Irá encara como um belo passeio, principalmente se for ao lado de gente que ela ama, como a norinha ai de verde, feliz com a visita do maridão e dos filhos à roça da mãe e do pai de Lea, lá pelo lado das Andorinhas. Eita passeio bom heim Irázinha!! Me chama de novo que vou, minha mãe.
Bichos até tem, pavão, galinha, bode, tudo misturado e criado com teimosia e cuidado de quem gosta e precisa, mas sofre com a falta d'água na maior parte do ano. Mas, quem tem coragem e fé parece fazer milagre com tanta coisa bonita num lugar inóspito, sem verde, sem água. A casa é simples, bem dividida e cuidada.Cabe famílias e famílias que vão chegando, porque sabem que os filhos dos donos da casa vão chegar, de longe, depois de tempo. Dura um fim de semana, mas se eterniza pra sempre nas memórias, principalmente das crianças, que correm solta e livres, como gosta a vida.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Recrescendo: Dieta equilibrada no pós-parto fortalece o bebê e protege a saúde da mãe

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CONVERSAS NO FACE


Não entendo pq a mídia especializada, cobrindo a Rio + 20, ainda dá voz a poderosos com WWF, Greenpeace e ao próprio Governo. Fico pasma com esse faz de conta que pergunta x fazer de conta que responde. Mesmo que cientistas como James Lovelock refaça suas posições no macro cenário físico das mudanças climáticas, e surjam novas interpretações em reduzir o alarme sobre a ação humana, claro parece ser a necessidade de mudanças, urgentes, no modelo de consumo e descarte, e suas relações com inadimplencia, endividamento, estresse, violencia, saneamento, fome, doenças, moradia, deslocamentos. Nunca vi tanta gente morrendo tão fácil, rápido. Nunca vi tanta gente doente, por falta de informação para comer certo, ler com atenção, cuidar da higiene da casa. Coisas simples que facilitam, ou dificultam muito, o cotidiano. Muito blá, blá, egos, cenários, discursos, faz de conta e festa. Ainda bem que desta vez não pude pagar para ir. De longe a gente enxerga melhor os desperdícios, discursos, pouca objetividade, seriedade e vontade de mudar, de fato. Quero ver o foco da cobertura da Marcha contra o Capitalismo. Imagino que algo de muito bom possa surgir dai. Atenta aqui pra compartilhar ao mundo o que Vida estar a nos exigir !
 ·  ·  · há 12 horas próximo aSalvador
    • Angelica Menezes Veja Liliana Peixinho Miudinhas de Tasso Franco (Bahia Já) : 9. Tem muita gente querendo entender porque o único representante da Bahia a falar no plenário da Conferência Rio +20 é o presidente do Sindicato da Indústria de Papel e Celulose da Bahia, cujas componentes foram responsáveis pela criação de florestas uniformes de eucaliptos, que chegam a cobrir 70% do território dos municípios da região do Extremo Sul.

      10. Argumentam, como justificativa para tal projeção, que o processo de produção preserva a vegetação nativa, mesmo sabendo que a Mata Atlântica nativa foi praticamente dizimada, em intervenções anteriores, e substituída, agora, por florestas artificiais
      há 11 horas · 
    • Liliana Peixinho Com gente como Leonardo Boff apoiando a Veracell não me surpreendo Angelica Menezes e Tasso Franco, que o greenwashing (marketeado de verde) venha ainda mais agressivo pós Rio + 20. A própria mídia especializada ainda confunde "Economia Verde" com Sustentabilidade, Crescimento à qualquer custo com Desenvolvimento, opinião com informação. Dizer que faz é fácil, e o mercado tem gente altamente criativa para executar peças e textos sedutores. Difícil mesmo é ver as mudanças no cotidiano da Vida, em agonia.
      há 11 horas · 
    • Angelica Menezes No entanto a Rio+20 não perde a sua validade, Liliana. A sociedade civil está ali mostrando o que quer e muitos dos pontos acordados já representam avanços. Embora no geral o tal rascunho seja frustrante. Segundo a BBCBrasil, a sustentabilidade não virá de decisões políticas, mas do empresariado que será instado a adotar nova filosofia de obtenção de lucro.
      há 11 horas · 
    • Liliana Peixinho Colegas que participam da Cúpula dos Povos, que é o maior movimento paralelo, ao oficial, se mostram frustrados com a mobilização dos próprios jornalistas. Empresariado se comprometer a mudar para lucrar, na pressão de novas exigencias do consumidor, é o minimo que eles podem dizer, Quero ver é fazer, mudar, de verdade. Investir por exemplo em Cadeias produtivas harmoniosas de ponta a ponta, usando tecnologias limpas, eficientes, inteligentes, para não fazer do trabalho um fardo, uma agonia, como tem sido para a maioria dos trabalhadores brasileiros. Não quero ser pessimista Angélica, mas a realidade não é nada animadora! Empresário sempre teve pressa por lucro fácil. Observe as grandes empresas que dizerm estar fazendo sustentabilidade e investigue os seus processos produtivos, com exploração de mao de obra, impacto na matrizes produtivas, preços altos....
      há 10 horas · 

Rio + 20 e demandas seculares reprimidas



Não entendo pq a mídia especializada, cobrindo a Rio + 20, ainda dá voz a poderosos com WWF, Greenpeace e ao próprio Governo. Fico pasma com esse faz de conta que pergunta x fazer de conta que responde. Mesmo que cientistas como James Lovelock refaça suas posições no macro cenário físico das mudanças climáticas, e surjam novas interpretações em reduzir o alarme sobre a ação humana, claro parece ser a necessidade de mudanças, urgentes, no modelo de consumo e descarte, e suas relações com inadimplencia, endividamento, estresse, violencia, saneamento, fome, doenças, moradia, deslocamentos. Nunca vi tanta gente morrendo tão fácil, rápido. Nunca vi tanta gente doente, por falta de informação para comer certo, ler com atenção, cuidar da higiene da casa. Coisas simples que facilitam, ou dificultam muito, o cotidiano. Muito blá, blá, egos, cenários, discursos, faz de conta e festa. Ainda bem que desta vez não pude pagar para ir. De longe a gente enxerga melhor os desperdícios, discursos, pouca objetividade, seriedade e vontade de mudar, de fato. Quero ver o foco da cobertura da Marcha contra o Capitalismo. Imagino que algo de muito bom possa surgir dai. Atenta aqui pra compartilhar ao mundo o que Vida estar a nos exigir !

O Jornalismo da Rio + 20 é chapa branca pintada de verde, atende não aos interesses da Democracia, com voz plural, mas a quem quer ampliar poder. Se tivesse compromisso com o Século XX1 ouviria caras pintadas de séculos passados, quilombolas filhos da Mãe Africa, agricultores explorados para exportações de commodities, artesãos que fortalecem a imagem da criatividade brasileira, movimentos sem carimbo jurídico para lavar dinheiro, com filtros claros, parciais (pq imparcialidade é mito derrubado pela realidade) linkados, contextualizados, com o que a vida estar a reclamar: cidadania, democracia real, inclusão. Ouvir duas ou tres fontes representantivas da burguesia faz de conta que faz em grifes ambientais gringas, é negar o protagonismo invísivel de quem fortalece a riqueza bio cult eco brasileira num evento cuja imersão planetária arrasta demandas históricas reprimidas para os próximos séculos. Vou acompanhar a Midia Livre. Livre!! de quem, do que?