quarta-feira, 16 de maio de 2012

Protagonismo Indígena sustentável x Discurso político marketeiro


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO – FACOM
PÓS-GRADUAÇÃO EM JORNALISMO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
PROFESSOR: WILSON DA COSTA BUENO
COORDENAÇAO: PROFESSORA - DOUTORA SIMONE BORTOLIERO
ALUNA: LILIANA SAMPAIO DE ALMEIDA PEIXINHO


ARTIGO/PESQUISA REALIZADA EM COMUNIDADE INDIGENAS NORDESTINAS

Período principal Setembro de 2007 a Março de 2010

 

 Protagonismo Indígena  sustentável x Discurso político marketeiro


Como ativista e pesquisadora independente, venho observando, há décadas, diversas tribos indígenas do Nordeste, como os Trukas e Tumbalalas, cobrindo eventos como  a greve de fome do bispo franciscano Dom Luiz Cappio, em outubro de 2005; Mobilização Território Indígena  Kaimbé -Massacará, em 2008;  Entrevistas com a  lenda do cacicado Nordestino, Cacique Lázaro – Chefe dos Kiriris sobre a história de Caboclos x Indios ; Confrontos entre empresários, grupos políticos, posseiros e indios sobre  direito de terra, do sul da Bahia, Cooperativismo autosustentável  dos Tupinambás  Serra do Padeiro; Reforma do Estatuto do Índio, envolvendo povos indígenas  de todo o Brasil, Reconhecimento do Povo Payaya,  entre outros objetos de pesquisas com diversos outros povos nordestinos e  quero registrar meu testemunho sobre o protagonismo indígena em diversas aldeias através da convivência, em longos e maravilhosos  períodos de estadia em suas casas, dormindo, acordando  e trabalhando com  ao lado de cada um deles.
 As práticas de autosustentação e resistencia desses povos devem ser divulgadas como exemplo multiplicador do que os índios nos ensinaram, ao longo da história, e que, ano a ano, década a década, século a século,  vem sendo negado, esquecido. subvertido, explorado indevidamente ou registrados em análises apressadas, descomprometidas ou favoráveis ao massacre  de culturas importantes para o paradigma da sustentabilidade,  propagandeado por marketeiros políticos e empresariais mundo afora.
Publicação , pesquisa e proteção
Essa expedição fotojornalística transversal, iniciada  pelas florestas indígenas integra o trabalho de pesquisa in loco, dessa jornalista, iniciado nos anos 80, a partir de visitas  a comunidades tradicionais indígenas como a aldeia mãe Pataxó, Caraívas, Ponta de Corumbau, e outras localidades do sul da Bahia e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
É desejo das comunidades que esses registros, narrativas, videos  e clics fotográficos, continuados  nas Comemorações dos 500 anos do Brasil, e ainda em pesquisa de campo, até hoje e sempre, com fé na luta, mas sem financiamento nenhum,  realizados pelo Moimento AMA –Amigos do Meio Ambiente,  possam ser continuados para a edição de uma publicação, catálogo, livro, vídeo, filme,  onde futuras gerações e pesquisadores possam reforçar a necessidade, urgente, de preservar o que restou, assim como disponibilizar em sites, blogs e ambientes virtuais para o crescimento da inclusão digital nas aldeias.

POVO TUPINAMBA SERRA DO PADEIRO

Cacique Babal liderança Tupinambá

 

A Serra do Padeiro ainda conserva pouco da riqueza da mata Atlantica
A nova ordem mundial, pós efeitos negativos das mudanças climáticas, nos mostra a urgência de corrermos atrás de prejuízos históricos, como a dizimação das florestas e do povo que dela tenta cuidar, para viver. A exemplo da comunidade Serra do Padeiro – Reserva indígena no município de Buerarema- Sul da Bahia. Quem estudou os problemas da comunidade, viu de perto o que eles fizeram em tão pouco tempo,  com tão pouco apoio, e com tanto saldo positivo, tem a obrigação ética de mostrar, divulgar, a   Serra do Padeiro como  um santuário ecológico, uma reserva, um paraíso biodiverso.
]O cuidado com as matas é tarefa diária do povo indígena Tupinambá
A comunidade tem consciência e coloca em prática os cuidados aprendidos com seus ancestrais indígenas para que o ambiente não possa, de forma nenhuma, ser preterido por práticas insustentáveis, como os  massacres de serras elétricas, substituição de florestas por pastos de gado, plantação de eucaliptos ou exploração turística predatória, com práticas insustentáveis, como prostituição infanto-juvenil, especulação imobiliária, tráfico de drogas e exploração dos índios através do turismo de vitrine.   
Exploração cultural indígena para vitrine política governamental
Estive na Serra do Padeiro, fui recebida pelo Cacique Babal e outros representantes da comunidade e sou testemunha do protagonismo indígena na autosustentação, através de organização cooperativada. A Serra do Padeiro tem um sistema de agricultura familiar que deve ser  modelo de vida não só para outras aldeias como para qualquer outros tipos comunidades tradicionais, esquecidas, perseguidas e massacradas, historicamente.  A avidez do ganho fácil empresarial ou descaso político para a garantia de direitos, assegurados, como a terra, mas não garantidos,  estão sabiamente questionados por eles, que reaprendem, resgatam, resistem a costumes urbanos correndo atrás,  se informando, se especializando, para tentar garantir o que sabem ser de direito.
 
O Cacique Babal e a irmã Glicélia,  presos por defender direitos
O presidente Lula tirou foto com a filha da índia Tupinambá Glicélia, e a expôs  ao expôs ao mundo, reforçando sua imagem como marketing pessoal/presidencial. Agora, acionado pelas lideranças indígenas Lula não se manifestou sobre a prisão da mãe índia, ocorrida dia 01.06. e nem do cacique Babau, preso em 10 de março de 2010. 
O cacique Babal, liderança Tupinambá Serra do Padeiro, e sua irmã, Glicélia, são cidadãos proativos, que valorizam as tradições e têm compromisso com a agricultura sustentável, sabem ouvir a comunidade, balizar e conduzir confrontos. Eles focam suas atividades no quê, quando e onde plantar, como e quando colher, cuidar, distribuir na comunidade para  garantir o sustento da atual e futuras gerações.
  Lideranças indígenas reforçam um protagonismo que vem sendo
detido pela Policia Federal e interesses empresariais

Cantando musicas que falam da natureza a comunidade planta em mutirões
As nascente tem olhar cuidados do povo indígena
A pauta sobre direitos indígenas é constante na garantia da terra, base para a vida de todos. Esse cotidiano é fato e deve ser replicado ao mundo, onde ainda se passa fome porque não sabemos  fazer como eles, cuidar, preservar, pensar no futuro, nos outros, de forma harmoniosa com a natureza, de onde tudo tiramos limpo e para onde tudo devolvemos, sujo, degradado, desarmonioso.

 
A cooperativa indígena mobiliza homens e mulheres para o plantio e
distribuição das colheitas, feitas com os devidos cuidados com a terra.
Autosustentação comunitária
A proposta de autosustentação Comunitária na Aldeia Serra do Padeiro é resultado da luta coletiva diária dos guerreiros índios tupinambás. Com aproveitamento do potencial da terra e da vontade da comunidade em depender cada vez menos de ir à cidade comprar qualquer coisa, o Cacique Babal e lideranças da comunidade Indígena Serra do Padeiro são exemplo multiplicador do que está acontecendo de bom em sua aldeia, para que outros povos possam seguir o mesmo caminho.
Preservar para as futuras gerações é filosofia cotidiana do povo tupinambá
A filosofia e prática do trabalho se dá através da valorização e resgate de ações verdadeiramente harmoniosas, com coragem, determinação, disciplina e resultados positivos de povo que trabalha duro, com exemplos de orgulho comunitário, ao saber driblar as adversidades com criatividade, alegria, auto-estima e luta diária do povo Tupinambá da Serra do Padeiro.
 
A criação de patos, galinhas, gansos, perus e outras aves mantem a diversidade
de uma agricultura familiar onde todos se harmonizam com o ambiente,
 sem  criação de gado em escala e com muitos bichos na floresta encantada

Produtos orgânicos cultivados com técnicas realmente sustentáveis,
garantem vidas livres de doenças, com segurança alimentar real, perceptível

Na comunidade Serra do Padreiro são cerca de 900 pessoas, pertencentes a 180 famílias, distribuídas em 17 mil hectares de terra, num território abençoado pelo encanto e presenças divinas, onde as chuvas, constantes, são apenas um dos caminhos para se colocar em prática, a máxima de que “se plantando, quase tudo dá!”. Na Aldeia Serra do Padeiro Tupinambá a presença dos “encantados” pode ser constatada a cada metro que se anda, em meio uma floresta rara, de mata atlântica, onde a biodiversidade é tão rica e presente quanto a própria consciência de cada índio em preservar a área como um presente de Deus, ou dos deuses da mata, como condição para a garantia das futuras gerações, que eles fazem questão de incentivar.
A casa de farinha é garantia de vida, com   geração de renda
Para esse povo que sabe bem o que precisa para viver bem,  que já perderam tudo ou quase tudo e que, agora, estão querendo proteger, com unhas, dentes, tacapes e zarabatanas o pouco do que restou, para os filhos e netos, fica mesmo difícil entender a defesa de empresários que praticam a monocultura, seja de eucalipto, soja, cana de açúcar, mamona, cacau ou qualquer outra.  Num pais abençoado por Deus e repleto de gente bonita, guerreira, disposta a pegar na enxada, cantando, mas ainda com fome, é inaceitável qualquer idéia que mate, dizime, continue extinguindo paraísos como o da Serra do Padeiro. Se o Brasil realmente quer ter compromisso com sustentabilidade precisa deixar, em pé, o pouco que restou das nossas  ricas florestas. Desmatamento zero é uma proposta que precisa ser realmente colocada em prática para conter o ávido desejo do agronegócio predatório.

Cooperatismo autosustentável

O sistema de cooperativa, agricultura familiar, desenvolvido entre homens, mulheres e jovens da Serra do Padeiro, pode ser traduzido na seguinte expressão do cacique Babal ”A gente não se preocupa com o que vai vender e lucrar, e sim com o que vai comer pra não passar fome.”
Em harmonia com a natureza as crianças interagem com a vida, biodiversa


Biodiversidade encantada
Cuidado com a floresta e plantas medicinais garantem a vida, bem vivida.
Riqueza biodiversa preservada a pau, tacapes e zarabatanas
No levantamento que fiz com o pajé da tribo tupinambá Serra do Padeiro pudemos identificar uma riqueza biodiversa na serra encantada, divina e rica composta por jequitibás, ararobas, sucupiras, vinhático, aletrinas, cobis, gameleiras, timbaubas, burundangas, pausangue, loros, cedros verdadeiros, cedros cabecinha, buraens, cundurus, oiticicas, jangadas, paus darco, jueranas, mussutaibas, imbirucus, biribas, angicos, pinhos, jacarandás, sapucaias, oitis, biquibas, baraúnas, jacarandás, pinhos onde, da  suntuosidade de suas alturas,  viviam em harmonia com espécies menores, um pouco mais baixas que elas, a exemplo de outras  espécies como  murtas, aracás, batingas, mudumrurus de rego, mudunrurus de ferro, mudumrurus cabelo de cotia, ingauçu, cipó de cravo, pai de cravo, cipó dalho,peão, cansação, virasaque, pindaíba, catirina, bapeba, jiniparana, abacate, unha de gato, jenipapo, motibando, onde índios e não índios se embrenhavam mata adento, sem medo, pra buscar o que comer na verdadeira autosustentação, propiciada por outras espécies , de frutas, como banana, laranja, jenipapo, tangerina, cacau, limão, manga, figo pinha, goiaba, coco , dendê além de tubérculos como aimpim, babata doce ou legumes como chuchu,  jiló, frutapão,  beterraba, maxixe, mangustão, taioba ou grãos como feijão e milho.
 
 Estafani é uma índia guerreira, guardiã de riquezas, como a água limpa
Festa dos bichos
 
Pássaros raros encantam as florestas do povo Tupinambá Serra do Padeiro
E havia a festa dos bichos como corsas, caititus, capivaras, pacas, jupararás, quatis, guaxinins, tatus verdadeiros, tatus rabo de couro, tatus peba, sarues, raposas, cachorros da mata, gatos da mata (ou do mato), sussuaranas parda e pintada, gatos Açu. jupatis, papas-mel, teiús, cotias, lontras, caxixis, preguiças, calangos de coleira, calangos vermelhos, bacurais, caburês, sabiás de paus, formigões. Além de aves que voavam de uma para outra  árvore, a exemplo de sangue de boi, sete cor, lavadeiras, guris, periquitos, assanhaços, bem-te-vis, sabiás, assanhaços, sofrês, papa-capins, chorões bigodes, curiós, pássaros-preto, anuns, japus, pica-paus, jandais, cuiubinhas, jandaís, arma de gato, juritis jacupenbas, aranquans, mutiuns, pardais, chorões, nambus, tucanos verdadeiros, tucanos araçaris, tucano de sapos. tucano paós, canarios, bastiões,  martin pescadores, socos, quero-queros, perdizes, garças beija-flores, xoros, chupa-limas, pimentões, escarros, garrinchas, azulões,arapongas, sete cores, curujões, corujas, vó da lua, sapucaias, numa comunhão que jamais veremos, com outros bichos aquáticos como:jacarés, traíras, berés, jundiais, piabas, piaus, acauans, tucunares, pitus, cobras preta,entre muitas outras espécies de uma biodiversidade perfeita, que deve ter dado muito trabalho para os estudos de Darwin e que, infelizmente, as futuras gerações só saberão da existência desse paraíso, dessa biodiversidade local, se dermos a  chance delas resistirem nesse  ritmo insensato de destruição.
 
Insetos curiosos na Serra do Padeiro
Será se ainda não pudemos entender que entre o que índio tenta fazer, em harmonia com a natureza e sem os apoios necessários, e o que os empresários vem fazendo, a séculos, de forma predatória, ainda temos que ter dúvidas do que é melhor para preservar as riquezas de um Brasil que chama a atenção do mundo, com liderança, exatamente porque ainda somos o topo da megabiodiversidade do planeta? A pergunta poderia ser: até quando, como e o que precisamos  fazer, ou não fazer, para continuarmos com esse patrimônio natural que é o Brasil, mas que vem sendo dilapidado, irresponsavelmente? 
Na Serra do Padeiro tem pessoas com muita sensibilidade, espíritos antepassados de resistencia e muita coragem para trabalhar, E esse é um patrimônio de valor inestimável. 
ORIGENS DAS PAUTAS
Achei interessante, como jornalista, historiar a origem de algumas dessas pautas, a partir das redes de comunicação e mobilização que participo,  como ativista, ambientalista.
ORIGENS DAS PAUTAS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segura bebê de dois meses de Glicéria Tupinambá. Glicéria participou da 13ª Reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), ocasião em que expôs as violências sofridas por seu povo. Foto: Secretaria de Imprensa / Ricardo Stuckert / PR

POLÍCIA FEDERAL PRENDE MÃE E BEBÊ TUPINAMBÁ

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Veja matéria publicada  nas redes sociais sobre a prisão da mãe do bebê que Lula segura nos braços

POLÍCIA FEDERAL PRENDE MÃE E BEBÊ TUPINAMBÁ

A Polícia Federal prendeu na tarde de hoje, feriado de Corpus Christi, a índia Glicéria Tupinambá e seu filho de apenas (02) dois meses. Glicéria é liderança de seu povo e membro da Comissão Nacional de Política Indigenista – CNPI. Vinculada ao Ministério da Justiça, a CNPI tem entre seus integrantes representantes de 12 ministérios, 20 lideranças indígenas e dois representantes de entidades indigenistas. Na tarde de ontem, 2 de junho, Glicéria participou da reunião da CNPI com o Presidente Lula, oportunidade em que denunciou as perseguições de que as lideranças Tupinambá têm sido vítimas por parte da Polícia Federal no Sul da Bahia.

No dia seguinte, quando tentava retornar para sua aldeia, Glicéria – tendo ao colo o seu bebê de dois meses – foi detida ao descer do avião, ainda na pista de pouso do aeroporto de Ilhéus (BA), e diante dos demais passageiros, por três agentes da Polícia Federal, numa intenção clara de constrangê-la. O episódio foi testemunhado por Luis Titiah, liderança Pataxó Hã-hã-hãe, também membro da CNPI, que a acompanhava.

Após ser interrogada durante toda a tarde na sede Polícia Federal em Ilhéus, sempre com o bebê ao colo, Glicéria recebeu voz de prisão da delega Denise ao deixar as dependências do órgão. Segundo informações ainda não confirmadas, a prisão foi decretada pelo juiz Antonio Hygino, da Comarca de Buerarema (BA), sob a alegação de Glicéria ter participado no seqüestro de um veículo da META (empresa que presta serviço de energia na região). Esse juiz em entrevista concedida ao repórter Fábio Roberto para um jornal da região, se referiu aos Tupinambá como “pessoas que se dizem índios”. Mãe e filho serão transferidos para um presídio na cidade de Jequié, distante cerca de 200km de sua aldeia.

Desde que a FUNAI iniciou o processo de demarcação da Terra indígena Tupinambá as fazendas invasoras da terra indígena passaram a contratar pistoleiros, fazendeiros dos municípios de Ilhéus e Buerarema iniciaram campanhas difamatórias nas rádios e jornais locais, incitando a população regional contra os índios, o que resultou numa série de conflitos envolvendo pistoleiros, fazendeiros e indígenas. Como conseqüência da disputa pela posse da terra os Tupinambá respondem a uma série de inquéritos e processos criminais patrocinados pela Polícia Federal, numa estratégia clara de criminalização de sua luta legítima em defesa de seu território tradicional. Em decorrência dessa ofensiva de criminalização já estão presos os indígenas Rosivaldo (conhecido como cacique Babau) e Givaldo, irmãos de Glicéria que passa a ser terceira presa política Tupinambá.

A animosidade nutrida pela Polícia Federal em relação aos Tupinambá já se tornou crônica.  No dia 23 de outubro de 2008, numa ação extremamente agressiva, a PF atacou a comunidade indígena da Serra do Padeiro, deixando 14 Tupinambá feridos à bala de borracha, destruiu casas e veículos da comunidade, a escola indígena e seus equipamentos, e ainda deteriorou a merenda escolar. Dois Tupinambá foram presos na ocasião. Em junho de 2009, após outra ação de agentes da PF juntamente com fazendeiros - numa ação de reintegração de posse -, sinais de tortura em cinco Tupinambá ficaram comprovados por exames de corpo de delito realizados no Instituto Médico Legal do Distrito Federal. O inquérito, levado a cabo pelo mesmo delegado que coordenou a ação dos agentes, concluiu entretanto pela inocorrência de tortura. Nenhum dos agentes foi afastado durante ou após as investigações. No dia 10 de março de 2010, numa ação irregular, a Polícia Federal invadiu a residência do cacique Babau em horário noturno (duas horas da madrugada), destruindo móveis e utilizando extrema força física para imobilizar o Cacique, que acreditava estar diante de pistoleiros, pois os agentes estavam camuflados, com os rostos pintados de preto, não se identificaram e não apresentaram mandado de prisão, além de proferir ameaças e xingamentos.

O Conselho Indigenista Missionário, preocupado com a integridade física e psicológica de Glicéria e seu filho, vem a público manifestar mais uma vez o seu repúdio ao tratamento dispensado por órgãos policiais e judiciais ao Povo Tupinambá. Reafirma seu compromisso em continuar apoiando a luta justa do povo pela demarcação de seu território tradicional e conclama a sociedade nacional e internacional a se manifestar em defesa da causa Tupinambá e pela imediata libertação de seus líderes.

Brasília, 3 de junho de 2010.

Conselho Indigenista Missionário – Cimi
Para: APOINME, CNPI, CIMI, ANAI, CESE e demais parceiros. 
Prezados Senhores.
Viemos por meio desta externa toda nossa indignação e revolta com a matéria publicada na revista  época de 23 de novembro de 2009, quando de forma preconceituosa e difamatória tenta retratar a nossa liderança como um Lampião. A repórter Mariana Sanches e o fotografo Marcelo Min, tiveram a oportunidade de conhecer muito de nossa comunidade, as nossas produções, as nossas casas de farinhas, o nosso colégio, as nossas crianças. Tiveram a oportunidade de desfrutar de toda nossa hospitalidade e conhecerem muito de nossa luta pelo resgate de nossas terras. Mas de forma mentirosa desviou todas as nossas informações, mudando inclusive muita das informações prestadas.  
Apesar de nossa revolta com a matéria da época, este tipo de atitude da revista não é nenhuma novidade para a comunidade Tupinambá, pois aqui na região os jornais locais, as rádios em especial as AM, a televisão constantemente fazem isto, nos tratam de forma preconceituosa e difamatória. Por exemplo, o radialista Ribamar Mesquita de Rádio Jornal de Itabuna constantemente usa de seu espaço nesta rádio, para nos acusar de vários crimes, nos difama e até incita a população regional contra a nossa comunidade. Os Jornais Agora e a Região também de Itabuna nos trata de forma preconceituosa nos chamando de falsos índios, publicando sempre matérias contra a nossa comunidade e também colocando a sociedade contra a nossa comunidade. Mas acreditamos que a culpa da não é só deles, pois a nossa comunidade tem feita várias denuncias sobre esta situação, já vieram várias comissões de Direitos Humanos aqui nas nossas aldeias e estes fatos já foram colocados, e como nada foi feito eles se sentem fortalecidos e no direito de continuar nos atacando, o sentimento de impunidade, de superioridade e o dinheiro de quem os patrocinam fazem com que estas mentiras divulgadas pelo Meios de comunicação se tornem quase uma “verdade absoluta”. Uma outra situação colocado pela matéria é a posição do delegado Cristiano da Policia Federal e o resultado do inquérito que apurava a tortura conta membros da nossa comunidade, por varias vezes solicitamos das autoridades que um outro delegado viesse acompanhar as investigações, não fomos atendidos e portanto não é nenhuma surpresa que o resultado do inquérito foi que os policiais não cometeram nenhum crime. Que outro resultado poderia sair de um inquérito que é conduzido por um delegado que é o coordenador do comando da operação que terminou resultando na pratica de tortura? Seria esperar muito, que o inquérito apontasse um outro resultado, apesar de todas as provas mostrarem que a tortura foi praticada.
A comunidade encontra-se bastante preocupada, pois a história de perseguição e calunias se repete, os mais velhos nos lembra, que no passado a nossa liderança Marcelino também foi chamado de Lampião e que chefiava um bando aqui na região, colocaram premio pela sua cabeça e diante da falta de autoridade e de nada ser feito a nossa liderança foi assassinada, e o mais impressionante é que após quase cem anos a história se repete do mesmo jeito e com os mesmos atores, esperamos que desta vez a história não tenha o mesmo final.
Um dado interessante que a revista coloca e isto demonstra para todos nós os reais interesses que tem por trás de toda esta trama, é a presença de muita gente grande por trás destas ações, como o banqueiro Arminio Fraga um dos invasores de nosso território, portanto desta vez as Organizações Globo com esta matéria tendenciosa e mentirosa não esta defendendo apenas os interesses dos outros mas também o dela mesmo.  Aliás a Globo já mantem esta prática, de defender os interesses dos grande latifundiários, dos banqueiros, dos políticos que a ajudam a se manter no poder contra as pequenas comunidades a muito tempo.
Diante de tudo isto, e de todos estes fatos relatados e os já conhecidos por todos vocês, viemos mis uma vez solicitar que providencias sejam tomadas, mas providencias de verdade. Não dá mais para  ficar ouvindo promessas, ficar recebendo visitas, sermos ouvidos por muitas autoridades e não sentimos que as coisas estão andando. Acreditamos que é preciso fazer ainda mais e agilizar a resolução da demarcação de nossas terras. Que haja um esforço ainda maior das autoridades envolvidas nesta questão em esclarecer e resolver esta situação, como por exemplo, o esclarecimento e os encaminhamentos para que os pequenos produtores sejam reassentados, suas benfeitorias sejam indenizadas, este procedimento pode resultar na retirada de cena de pessoas má intencionadas que tem usado os pequenos agricultores para realizarem seus interesses políticos, colocando os pequenos agricultores contra a nossa comunidade com o repasse de falsas informações. São estes políticos envolvidos e empresários da região que viram seus interesses abalados pela nossa ação que tem financiado toda esta ação contra a nossa comunidade, a própria matéria da revista época deixa isto muito claro. Eles trazem gente de fora, eles bancam e com certeza devem pagar aos jornais, revistas, radialista para que nos ataque. Vale lembrar que a nossa ação feriu os interesses do tráfico de droga da região, tráfico de animais silvestres, do comércio de madeira ilegal, do agronegócio e isto tem mexido nos bolsos deles.
Por fim, pedimos a todos: autoridades, parceiros, aliados, sociedade regional, nacional e internacional, não deixem que a história se repita com o mesmo final. Queremos apenas viver e  lutar pelos nossos direitos e em especial a nossa Mãe Terra. Ela nos pertence. Não permitam que mais uma vez os invasores sejam os vitoriosos nesta  história. BASTA DE MASSACRE, DE EXPLORAÇÃO, DE MENTIRA, DE CALUNIA, DE IMPUNIDADE.

Serra do Padeiro, 01 de dezembro de 2009. 

POVO TUPINAMBA OLIVENÇA

Liderança Tupinambá Olivença na Campanha do Movimento AMA
Reuniões na Aldeia são constantes entre os Tupinambás de Olivença, que montaram sua aldeia num antiga área de lixão e  desova humana

 
Os rios são a garantia de sobrevivência para o povo Tupinambá em Olivença
 
O rio é única fonte para a garantia da vida, para beber, pescar, banhar e brincar
POVO KIRIRI
O velho guerreiro, Cacique  Lazaro, em conversa sobre os problemas e sonhos da comunidade Kiriri, com sua filha ao lado, professora da comunidade

A falta de água não impede a guerreira “ Mãe Eduarda”, mulher da cacique Lázaro, de cuidar dos pratos da casa  onde tem sempre dezenas de “parentes”  para comer.
Índios Kiriris, que vão à escola sem estrutura para alimentar a esperança de continuidade da cultura que resiste em ações corajosas  do  Cacique Lázaro



A adolescente Kawani e  irmãos dão valor à riqueza de estar no mato, todos os dias

A índia guerreira já teve que ficar na mata por dias, fugindo de cerco policial


A sapiência de índia “Mãe Eduarda” resiste aos desafios diários,
ela canta, compõe, dança, nina, vai pra mata e cuida de todos

Um irmão  cuida do outro, com carinho, paciência e muito amor entre os Kiriris

 Indias Kiriris em mutirão de limpeza da aldeia  onde a praça está sempre limpa


A igreja é símbolo de fé e resistência da história dos Kiriris, em Mirandela




O professor e seus alunos kiriris estudam a manutenção de culturas rradicionais
             

A Escola Municipal Professora Francisca Alice Costa, em Mirandela,
município de Banzaê,  na Aldeia Kiriri, passou para o estado, em 2008, com
o novo nome de Escola Indígena José Zacarias, reconhecido índio, músico,
integrante do Conselho Indígena da Comunidade e irmão do Cacique Lázaro,
índio símbolo de retomadas do povo Kiriri.  A escola atende a todas as
comunidades indígenas do município, como as localidades de Lagoa Grande,
Pau Ferro, Marcação e Mirandela. Tem uma estrutura colegiada, administrada
pelos próprios índios, com diretoria, cinco assistentes administrativos, dois articuladores pedagógicos, duas secretárias, 26 professores, merendeiras e vigia, para um universo de 479 alunos índios.

A escola funciona nos três turnos e está provisoriamente dividida entre as
instalações físicas da creche e outras poucas salas em condições de
funcionamento, na escola, que fica em frente, e que está literalmente no chão, aguardando a liberação de recursos para a manutenção da estrutura predial, que caiu quase que totalmente, por falta de manutenção.
Pela manhã, os alunios. os alunos do pré escolar à 2ª  Série dividem os pequenos espaços ;
assim como à tarde, da 3ª a 5ª série; e à noite, da 5ª série B à 8ª série.
Em Mirandela, sede da Aldeia Kiriri,  funciona esta Escola chamada de
Núcleo Mãe, para atender aos alunos da 1 ª à 4ª séries , que tem menos
idade e que  moram nas comunidades mais próximas. Um carro velho,
desconfortável, zuadento,  e um ônibus, caindo aos pedaços, fazem o
deslocamento de alunos e professores das comunidades mais próximas, como Pau Ferro e Marcação, até a  Escola Mãe, em Mirandela.
Escola Mãe e Escolas Filhas


Os professores também se deslocam até os núcleos anexos, chamadas de
“Filhas 1, 2 e 3 ”, que funcionam em  outras comunidades  para dar aulas
aos alunos que estão mais longes do Núcleo Mãe, nas Aldeias de Pau Ferro,
Gado Velhaco e Marcação. A escola tem metodologia própria, valoriza o
resgate das raízes indígenas, através do ensino da cultura e prática do
idioma Inuka (tronco da língua Kiriri) onde o professor de Cultura
Indígena, Adenilson de Jesus Souza, integra os rituais dos pajés, berço
para difusão da língua entre os mais novos.

A estrutura administrativa é voltada para dar acompanhamento de
freqüência, com diário escolar, ficha de matrícula, relatórios com apresentação de resultados. Funcionando como escola indígena desde 1996 o projeto pedagógico  vem sendo aperfeiçoado ano a ano e avançou a partir da conquista de lutas territoriais e políticas, com a garantia de acessos à estrutura de educação do estado, já que o município segundo os índios, historicamente sempre foi complicado.

Os alunos, assim como a toda a comunidade Kiriri, se veste com roupas
tradicionais, feitas a partir do Imbé, pindoba da palha do ouricuri. O
professor de cultura indígena gosta de levar os alunos para aprender
coisas do dia a dia, na própria mata, pra ver de perto animais, frutas,
raízes e toda a riqueza que faz a cultura indígena resistir ou não. Ele se
preocupa em mostrar como surgiu a roça comunitária, a história do projeto
pedagógico da escola, e abre espaços livres para manifestações espontâneas
dos alunos. 
“Eles vão para roças, ouvir palestras dos índios mais velhos
sobre a importância de estarmos juntos,  perto um do outro, trabalhando
com a comunidade”. Cozinham embaixo das árvores com lenha e aprendem a
interagir com o ambiente, com  harmonia”,  diz Professor Adenilson, índio
muito sério, com característica bem forte da aldeia Pau Ferro,  que mostra
prazer em poder difundir a cultura entre os mais novos, mas,  também não
esconde a indignação diante dos desafios diários, como as longas
caminhadas, até noturnas,  para sair de uma aldeia para outra para dar
aula aos seus alunos.





Mãe Eduarda aderiu a campanha Desperdício Zero, do AMA, através de oficina
sobre o aproveitamento integral de alimentos. O que antes ia pro lixo entrou na
Cadeia Produtiva Sustentável com o uso da polpa para geléias, doces, balas, sucos
A tapioca foi valorizada nas oficinas AIA do AMA e o biscoito “pomba de maroto” deu lugar aos perversos salgadinhos coloridos quimicamente, febre entre as crianças
Alunos Kiriris encantados com Campanha Desperdicio Zero = Fome Zero. A margarina, por exemplo, foi substituída, naturalmente, pela geléia de caju, deliciosa, barata, nutritiva e lúdica nas oficinas improvisadas pelo Movimento AMA.







POVO KAIMBÉ -  MASSACARÁ
Caciques Kaimbé Jovenal e Flávio


Pacto cultural eterno
Territorio Kaimbé – Massacará
Garantia de Território  às futuras gerações
Autoestima Kaimbé Mirim
 Pinta de  Futuro Cacique Kaimbé
Mobilização Comunitária  Kaimbé para garantia da autosustentação territorial 
Pauta eterna de reivindicações de direitos com burocracia inoperante
Liderança  Kaimbé valoriza agricultura familiar orgânica como garantia de saúde

Promessas governamentais não cumpridas pela burocracia  inoperante

 
Pauta histórica : água  e saneamento pra garantia da vida

Prática harmoniosa ambiental
Autosustetação alimentar organica para garantir a vida com saúde 
Consciente da luta pelo Território Kaimbé
Mulheres kaimbé e Campanha AMA Desperdicio Zero com a merenda escolar
AGENDA DOMÉSTICA AMBIENTAL NA COZINHA, NO BANHEIRO,.....
  Preservando as tradições religiosas junto à comunidade

 
O pitar do cachimbo do índio Kaimbé – Massacará
Tradição  harmônica  com dança em sintonia universal

Juventude antenada com as novidades dos centros urbanos

Arvore sagrada dos rituais kaimbé

Kaimbés mirins no Desperdício Zero do Movimento AMA 
Cadeias produtivas harmoniosas
Técnica artesanal














ALDEIA DOS TRUKÁS –  CABROBÓ – Pernambuco

Mãe Isaura - Resistência de Fé na
defesa do Velho Chico em Cabrobó



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Manifestante de todo o Brasil montaram vigília na beira do Velho Chico – em Cabrobó

Índios trukás símholo de resistência e luta contra transposição das
águas do Velho Chico  no marco inicial de Cabrobó
Depois da vigília da Greve de Fome do Frei Dom Cappio, o convite do povo Truká, (Cabrobó. Pernambuco) para harmonizar com o ambiente, na beira do fogão de lenha morta, enquanto a massa do  beiju  fica no ponto pelas mãos cuidados da mãe índia Conceição, liderança da aldeia.
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Família Truká aderindo ao Movimento AMA depois da greve de Dom Luis Cappio
Depois dos holofotes da imprensa mundial o AMA ficou na comunidade pra ver de perto os problemas que justificavam a adesão dos índios ao movimento Contra a Transposição das àguas do Velho Chico.
 
LEAD Technologies Inc. V1.01 Movimento AMA em apoio à defesa das águas do Velho Chico e contra a transposição

LEAD Technologies Inc. V1.01
 AMA na mobilização pelo  Velho Chico- Cabrobó
LEAD Technologies Inc. V1.01     Políticos de todos os partidos marcam presença midiática na greve de Dom Cappio


Clipagem de matérias sobre a prisão das Lideranças Indígenas Tupinambás
Médico e vereador que considera todos os índios preguiçosos, examinou o cacique.

O desenrolar da operação desenvolvida pelos policiais federais, na madrugada desta quarta-feira (10), que prendeu o Cacique Babau, um dos líderes dos índios Tupinambá de Olivença, foi acompanhada por este blogueiro, na sede da PF em Ilhéus.

A diretora da PF, Denise Cavalcanti, não permitiu que a imprensa falasse com o índio, sob a alegação de que não daria tempo. Antes, um agente informou que a FUNAI não queria permitir qualquer contato com os jornalistas, situação desmentida pelo coordenador do órgão, Rômulo Cerqueira.

Babau passou toda a manhã e o início da tarde prestando esclarecimentos relacionados a oito inquéritos movidos contra ele, todos ligados à sua atuação como líder indígena.

Recebemos a informação de que ele seria encaminhado à 7ª COORPIN, para ser submetido ao exame de corpo de delito. Para a nossa surpresa, eis que de repente, surge o vereador e médico Aldemir Almeida, se propondo a analisar o detento.

Detalhes: Aldemir não estava de plantão no DPT, e sim o seu colega Júlio César.  Aldemir se destaca por ser totalmente contrário aos índios, já chegando a dizer em praça pública : “índio é preguiçoso e não gosta de trabalhar”, declaração estúpida e preconceituosa. A disponibilidade do legista, neste caso, é estranha, uma vez que ele não costuma sequer dar plantões no DPT, obrigando os examinados a se dirigirem para a sua clínica (COCI), localizada no bairro do Malhado.

No momento da prisão, Babau se atracou com um policial, gerando pequenos arranhões em ambos. As lesões foram mínimas, sem condições de influir no inquérito. Aldemir não obteve êxito em sua pretensão.

O Cacique, no seu depoimento, disse ter pensado que se tratava de uma emboscada, mas, quando ouviu a declaração de prisão em nome da PF, parou de reagir. O relato foi confirmado pelos policiais.

A discussão entre os defensores e acusadores se concentra no horário da prisão. A lei estabelece que, nestes casos, o ato só poderia ter sido realizado durante o dia. Babau afirmou que foi preso às 02:00 horas da madrugada.

A delegada Denise Cavalcanti não precisou o horário do início da operação, disse que os “seus colegas” entraram pela mata que envolve a Serra do Padeiro (área dominada pela tribo de Babau), conseguindo  cercar a casa do procurado, e por volta das 05:00 horas da manhã concluíram a tarefa.

Babau foi encaminhado para Salvador às 16:00 horas desta quarta-feira (10).

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9 respostas para “SOBRE A PRISÃO DO CACIQUE BABAU”

  • wilson disse:
QUE va e não volte nunca mais.
Babau, se indío mesmo for, e tutelado da FUNAI, foi trâsnferido para Salvador por uma questão de Segurança.De Salvador vai para Brasília, onde fica a sede da FUNAI.Os Advogados da FUNAI, entram com mandato de Segurança no STF, libera Babau que fica custodiado na Casa de Abrigo dos Indíos na L 2 Sul,basta atravessar a pista , que esta nas entre quadras das 400, onde botecos é que não falta.Entra e sai no abrigo a qualquer hora e vai tomar cachaça nos botecos de Brasilia. Numa dessas suas saidas , pega um busú e volta para a Serra do Padeiro em Buerarerma, para atormentar os fazendeiros da região.
Estou de olho, na prisão de Babau!
Num dô 30 dd, para Babau, estar de volta ao sul da Bahia!
Estou em 1500. quando aqui os Tupinambá, quando tempos depois o outro
inimigo, chegou e causou a maior chacina das historia, maando mas de 10000 mil indios aqui na região. é muito bom defender fazendeiros, isso mostra como o nosso pais v os seus primeiros habitantes.
  • Alfredo Falcão disse:
Aos que defendem um criminoso Babau gostaria de perguntar como se sentiriam em estar na frente de mais de 150 homens armados atacando sua propriedade centenária que tem interdito Proibitório dado pela Justiça Federal e outros pequenos agricultores aterrorizados que não podem si manifestar. Pois impera a lei da mordaça na região do Padeiro. Aos que criarão este bando, saibam que eles estão fora de controle pois estão desafiando a constituição e a Justiça Federal.
eu acho que agente dever sim luta pelo nosso direito e quem acha ruim que si parta e babau tem todo a polhor de todos os indio tupinamba de olivença
  • Pereira disse:
Nota-se na escrita do ilustre “bloqueiro” uma inclinação à “causa indígena”, não sei se por oportunismo ou tendências escusas, o fato é que “babau” é marginal e como tal deve ser tratado, não se trata de um silvícola no qual o estado tem obrigação de resguardar ou tutelar. O Sr. Gusmão deveria levantar quantas mortes e feridos o afro-descendente “babau” e o seu bando vitimou; gente inocente, empregados rurais, gente simples, vitimadas por esse impostor, que não passaria num exame antropológico bem acurado e executado por instituição isenta. Os descendentes indigenas que habitam o sul e extremo sul da bahia repudiam os métodos empregados por esse delinquente. As instituições e ong’s que defendem esse facínora, vivem a margem dos fatos e babau e seu bando vão sobrevivendo a essa cequeira institucionalizada. Acredito que todos em são consciência são a favor dos direitos índigenas, só não podemos aceitar a esse engodo chamado “babau” que querem nos empurrar goela abaixo, como autentico representante da nação tupinambá; ora faça-me o favor Sr. Gusmão…
  • Tomás Amaral disse:
Infelizmente muitos brasileiros acham que índios, negros e pobres não são seres humanos e não têm diereitos como todos. Dos fazendeiros que têm posse ilegal (portanto roubada) e desmatam árvores centenárias, esses não reclamam. Mas o índio reagir e lutar por um pedaço de terra ao qual tem direito, para eles, é um absurdo! Eles estão fora de controle! Do controle do chicote e da espingarda… Brasil: terra de coronéis. Eta, mentalidade!
  • esawana disse:
Babal ,vai sai de la sim e muito mais forte do que vcs
imagina pois tem muita gente lutando por ele
e do lado dele..a POLICIA FEDERAL tem prender os vagabundos
que estão por ai souto..APOLICIA FEDERAL.SÃO UMA ……….
BABAL E UMA PESSOA QUE LUTA PELO O DIREITO DO SEU POVO……..
A VERDADE VAI CHEGAR E MUITO FAZENDEIRO VAI QUEBRAR A CARA………..SRSRSRSRSR
  • nelson disse:
bahia |10.03.2010 - 11h46

Cacique Babau é preso em operação da Polícia Federal em Buerarema



Redação CORREIO
Rosivaldo Silva, mais conhecido como 'cacique Babau' foi preso na madrugada desta quarta-feira (10) na Serra do Padeiro, em Buerarema, em uma ação da Polícia Federal  (PF). O líder indígena é acusado de praticar atos de violência, ameaça e pertubação da ordem e bloqueio de rodovias. Além  de crime de dano e cárcere privado, invasão de fazendas, tentativa de homicídio, incêndio criminoso, ameaça de morte a fazendeiros, depredação de bens públicos, saques de bens em propriedades rurais e formação de quadrilha.

O mandado de prisão foi expedido em agosto do ano passado, mas só hoje, depois de sete meses e várias tentativas, a PF conseguiu cumprir. O cacique Babau está sendo ouvido nesta manhã e depois será submetido a um exame de corpo delito por que resistiu a prisão e teve pequenos ferimentos no rosto. Durante a tarde ele será encaminhado para a PF em Salvador. A PF conseguiu prender o cacique depois de cercar o local e invadir a casa onde ele estava.

As ameaças entre índios e fazendeiros aumentaram,no mês passado, depois que os Tupinambá ocuparam uma fazenda em Buerarema. Mesmo após a Justiça ter determinado a reintegração de posse, eles permanecem no local. Cerca de 3 mil índios vivem entre os municípios de Buerarema e Ilhéus. A violência na região cresceu depois que a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou um parecer de reconhecimento de território.
A tribo teria direito a 47 mil hectares. Quase dez vezes mais do que a área que ocupa hoje, 5 mil hectares. O laudo da Funai é constestado pelos fazendeiros. O território em disputa reúne mais de 600 propriedades. A maioria produz cacau. desde o início dos conflitos, 23 fazendas já foram invadidas pelos Tupinambá. Informações são da TV Santa Cruz.

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Liberdade para o cacique Babau
Na madrugada da quarta-feira (10/03), cinco policiais federais, fortemente armados, arrombaram e invadiram a casa de Rosivaldo Ferreira da Silva, o cacique Babau, na comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro. Segundo seus familiares, no momento de sua prisão, Babau foi violentamente agredido e ameaçado de morte, na presença de sua esposa e do filho de 3 anos. Vários móveis da casa foram quebrados. Somente após as agressões os policiais se identificaram, e nenhum mandado de prisão foi apresentado.
A ação da PF aconteceu por volta das 2h40 da manhã, no entanto os agentes só chegaram com Babau à delegacia de Ilhéus entre 6h30 e 7 horas da manhã. Em depoimento, ele disse que antes os policiais pararam para lanchar em um posto e em outro local, onde há caminhões e guinchos desativados, para esperar amanhecer e poderem justificar a ação arbitrária que realizaram.
No momento de sua chegada à Superintendência da Polícia Federal de Salvador, na noite de quarta-feira, Babau recebeu o apoio de amigos, familiares, entidades que lutam pela garantia dos direitos humanos e lideranças indígenas da região.
Manifestação em apoio ao cacique Babau Tupinambá.
Toré em frente à Superintendência da Polícia Federal (Água de Meninos - Comércio) dia 19/03 (sexta-feira) às15h.
CIMI: Integrantes da SEDH visitam "cacique Babau", preso na Polícia Federal, em Salvador (BA) | Entidades se solidarizam e demonstram apoio ao cacique Babau | Cimi repudia nova agressão da Polícia Federal aos Tupinambá
O subsecretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, e o diretor de Defesa dos Direitos Humanos, Fernando Matos, ambos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), o visitaram na tarde desta sexta-feira (12), e no mesmo dia o Ministério Público Federal deu entrada no pedido de habeas corpus em favor do cacique.
A prisão de Babau, liderança que representa as cerca de 130 famílias que vivem na aldeia da Serra do Padeiro (município de Buerarema, e de Olivença, em Ilhéus) aconteceu em um momento de significativa tensão.
No dia 19/02 houve uma reintegração de posse numa das fazendas ocupadas, porém nao havia nenhuma ordem judicial para tal ação, o "dono" da fazenda chegou acompanhado de 50 homens, entre estes estavam agentes da policia federal da Bahia. Os tupinambá foram expulsos dali a base de ameaças e tiros.
No dia 25/02 os tupinambá, numa sabia extratégia retomaram a fazenda invadida, foram acusados até de assassinos, porém nao existia cadaver algum.
No dia 08/03, houve uma reunião com todos os caciques Tupinambá, da qual apenas Babau não participou. O encontro foi com delegados da PF na sede da Funai em Ilhéus. Segundo informações de lideranças presentes nessa reunião, o assunto tratado foi a criação de mecanismos que procurem formas pacíficas durante os procedimentos de reintegração de posse de áreas ocupadas pelos indígenas.
Essa não foi a primeira agressão sofrida pelos Tupinambá. Em 2008, durante uma tentativa de prender Babau, a Polícia Federal ingressou na aldeia e destruiu a escola da comunidade, além de agredir Babau, seu irmão Jurandir Ferreira e o ancião Marcionilio Guerreiro com tiros de borrachas. Dois dias depois, cerca de 130 agentes voltaram à comunidade, agindo com forte e desproporcioanl aparato policial. Na ocasião, eles destruíram móveis, queimaram roças e feriram dezenas de pessoas.
Ano passado, novas arbitrariedades foram cometidas. Cinco indígenas foram constrangidos e sofreram abusos de poder praticado pela PF, entre eles uma mulher. Durante esta ação ilegal, eles foram agredidos com gás de pimenta e dois deles receberam choques elétricos que deixaram queimaduras nos corpos das vítimas, inclusive em partes íntimas.
Cacique Babau Tupinambá está preso
Por Juvenal Payayá 11/03/2010 às 23:14
PRISÃO DE LÍDER INDÍGENA CUJO POVO SE ENCONTRA EM SITUAÇÃO DE GENOCÍDIO FÍSICO E CULTURAL ao largo dos séculos.
Cacique Babau
Cacique Babau
O Cacique Babau está preso.
Babau é o cacique tupinambá de Serra do Padeiro - Cidade de Olivença, 500km de Salvador Ba.
É um dos lideres de maior envergadura entre os caciques indígenas da Bahia. Segundo informações preliminares a prisão foi efetuada dentro da sede da FUNAI em Ilhéus-Ba. Não podemos descrever as acusações que motivaram a prisão, porém, sabe-se que, de certa forma está ligada a sua luta para receber da prefeitura de Buerarema verbas que o Governo Federal repassou para o seu povo Tupinambá.
É necessário uma ação coletiva. É necessário ação para que o juiz de Ilhéus saiba e se sensibilize que babau é um líder, líder de um povo sem r4presentante, um povo marcado para desaparecer,
É preciso atentar para os fatos antes que ele se acabe naquela masmorra como os cristãos em Roma.
Por favor façam alguma coisa.
Índio sempre padeceu nas mãos de ?donos das terras dos índios?, de políticos, juizes, polícias, madereiros, garimpeiros, malandros, incendiários e arrozeiros, ou seja, na mãos de poderosos juruas.
Índios é o que sempre morre nos conflitos, depois de queimados são esquecidos.
Babau precisa de um defensor, um bom advogado criminalista, há alguém que possa assumir e se predispor a enfrentar esta causa?
Quem desejar participar desta luta responda o e-mail.
Segue os telefones da FUNAI e peçam explicações: xx7332313616 Ilhéus e xx73 32885273 Porto Seguro
Juvenal Payayá
Liliana Peixinho* - Jornalista, ativista ambiental – Fundadora dos Movimentos independentes e Voluntarios AMA- Amigos do Meio Ambiente e RAMA – Rede de Articulação e Mobilização Ambiental