UNIVERSIDADE
FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE
DE COMUNICAÇÃO – FACOM
PÓS-GRADUAÇÃO
EM JORNALISMO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
PROFESSOR:
WILSON DA COSTA BUENO
COORDENAÇAO:
PROFESSORA - DOUTORA SIMONE BORTOLIERO
ALUNA: LILIANA
SAMPAIO DE ALMEIDA PEIXINHO
ARTIGO/PESQUISA
REALIZADA EM COMUNIDADE INDIGENAS NORDESTINAS
Período principal Setembro de
2007 a Março de 2010
Protagonismo Indígena sustentável x Discurso político marketeiro
Como ativista e pesquisadora independente, venho
observando, há décadas, diversas tribos indígenas do Nordeste, como os Trukas e
Tumbalalas, cobrindo eventos como
a greve de fome do bispo franciscano Dom Luiz Cappio, em outubro de
2005; Mobilização Território Indígena Kaimbé -Massacará, em
2008; Entrevistas com a lenda do cacicado Nordestino, Cacique
Lázaro – Chefe dos Kiriris sobre a história de Caboclos x Indios ; Confrontos
entre empresários, grupos políticos, posseiros e indios sobre direito de terra, do sul da Bahia,
Cooperativismo autosustentável dos
Tupinambás Serra do Padeiro;
Reforma do Estatuto do Índio, envolvendo povos indígenas de todo o Brasil, Reconhecimento do
Povo Payaya, entre outros objetos
de pesquisas com diversos outros povos nordestinos e quero registrar meu
testemunho sobre o protagonismo indígena em diversas aldeias através da
convivência, em longos e maravilhosos
períodos de estadia em suas casas, dormindo, acordando e trabalhando com ao lado de cada um deles.
As práticas
de autosustentação e resistencia desses povos devem ser divulgadas como exemplo
multiplicador do que os índios nos ensinaram, ao longo da história, e que,
ano a ano, década a década, século a século, vem sendo negado,
esquecido. subvertido, explorado indevidamente ou registrados em análises
apressadas, descomprometidas ou favoráveis ao massacre de culturas importantes
para o paradigma da sustentabilidade, propagandeado por marketeiros
políticos e empresariais mundo afora.
Publicação , pesquisa e proteção
Essa expedição fotojornalística transversal,
iniciada pelas florestas indígenas
integra o trabalho de pesquisa in loco, dessa jornalista, iniciado nos anos 80,
a partir de visitas a comunidades
tradicionais indígenas como a aldeia mãe Pataxó, Caraívas, Ponta de Corumbau, e
outras localidades do sul da Bahia e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
É desejo das comunidades que esses registros,
narrativas, videos e clics
fotográficos, continuados nas
Comemorações dos 500 anos do Brasil, e ainda em pesquisa de campo, até hoje e
sempre, com fé na luta, mas sem financiamento nenhum, realizados pelo Moimento AMA –Amigos do Meio Ambiente, possam ser continuados para a edição de
uma publicação, catálogo, livro, vídeo, filme, onde futuras gerações e pesquisadores possam reforçar a
necessidade, urgente, de preservar o que restou, assim como disponibilizar em
sites, blogs e ambientes virtuais para o crescimento da inclusão digital nas
aldeias.
POVO TUPINAMBA SERRA DO PADEIRO
Cacique Babal liderança Tupinambá
A Serra do
Padeiro ainda conserva pouco da riqueza da mata Atlantica
A nova ordem mundial, pós efeitos negativos
das mudanças climáticas, nos mostra a urgência de corrermos atrás de
prejuízos históricos, como a dizimação das florestas e do povo que dela tenta
cuidar, para viver. A exemplo da comunidade Serra do Padeiro – Reserva indígena no município
de Buerarema- Sul da Bahia. Quem estudou os problemas da comunidade, viu
de perto o que eles fizeram em tão pouco tempo, com tão pouco apoio,
e com tanto saldo positivo, tem a obrigação ética de mostrar,
divulgar, a Serra do Padeiro como um santuário
ecológico, uma reserva, um paraíso biodiverso.
]O cuidado
com as matas é tarefa diária do povo indígena Tupinambá
A comunidade tem consciência e coloca em prática os
cuidados aprendidos com seus ancestrais indígenas para que o ambiente não possa,
de forma nenhuma, ser preterido por práticas insustentáveis, como os
massacres de serras elétricas, substituição de florestas por pastos
de gado, plantação de eucaliptos ou exploração turística predatória,
com práticas insustentáveis, como prostituição infanto-juvenil, especulação
imobiliária, tráfico de drogas e exploração dos índios através do turismo de
vitrine.
Exploração
cultural indígena para vitrine política governamental
Estive na Serra do Padeiro, fui
recebida pelo Cacique Babal e outros representantes da comunidade e sou
testemunha do protagonismo indígena na autosustentação, através
de organização cooperativada. A Serra do Padeiro tem um sistema de
agricultura familiar que deve ser modelo de vida não só para outras
aldeias como para qualquer outros tipos comunidades tradicionais, esquecidas,
perseguidas e massacradas, historicamente. A avidez do ganho fácil
empresarial ou descaso político para a garantia de direitos, assegurados, como
a terra, mas não garantidos, estão sabiamente questionados por eles, que
reaprendem, resgatam, resistem a costumes urbanos correndo
atrás, se informando, se especializando, para tentar
garantir o que sabem ser de direito.
O Cacique
Babal e a irmã Glicélia, presos por
defender direitos
O presidente Lula tirou foto com a filha da índia
Tupinambá Glicélia, e a expôs ao
expôs ao mundo, reforçando sua imagem como marketing pessoal/presidencial.
Agora, acionado pelas lideranças indígenas Lula não se manifestou sobre a
prisão da mãe índia, ocorrida dia 01.06. e nem do cacique Babau, preso em 10 de
março de 2010.
O cacique Babal, liderança Tupinambá Serra do
Padeiro, e sua irmã, Glicélia, são cidadãos proativos, que valorizam as
tradições e têm compromisso com a agricultura sustentável, sabem ouvir a
comunidade, balizar e conduzir confrontos. Eles focam suas atividades no
quê, quando e onde plantar, como e quando colher, cuidar,
distribuir na comunidade para garantir o sustento da atual e futuras
gerações.
Lideranças
indígenas reforçam um protagonismo que vem sendo
detido pela
Policia Federal e interesses empresariais
Cantando
musicas que falam da natureza a comunidade planta em mutirões
As nascente
tem olhar cuidados do povo indígena
A pauta sobre direitos indígenas é constante na
garantia da terra, base para a vida de todos. Esse cotidiano é fato e
deve ser replicado ao mundo, onde ainda se passa fome porque não
sabemos fazer como eles, cuidar, preservar, pensar no futuro, nos outros,
de forma harmoniosa com a natureza, de onde tudo tiramos limpo e para onde
tudo devolvemos, sujo, degradado, desarmonioso.
A cooperativa indígena mobiliza homens e
mulheres para o plantio e
distribuição das colheitas, feitas com os
devidos cuidados com a terra.
Autosustentação comunitária
A proposta de autosustentação Comunitária na Aldeia
Serra do Padeiro é resultado da luta coletiva diária dos guerreiros índios
tupinambás. Com aproveitamento do potencial da terra e da vontade da comunidade
em depender cada vez menos de ir à cidade comprar qualquer coisa, o Cacique
Babal e lideranças da comunidade Indígena Serra do Padeiro são exemplo
multiplicador do que está acontecendo de bom em sua aldeia, para que outros
povos possam seguir o mesmo caminho.
Preservar
para as futuras gerações é filosofia cotidiana do povo tupinambá
A filosofia e prática do trabalho se dá através da
valorização e resgate de ações verdadeiramente harmoniosas, com coragem,
determinação, disciplina e resultados positivos de povo que trabalha duro, com
exemplos de orgulho comunitário, ao saber driblar as adversidades com
criatividade, alegria, auto-estima e luta diária do povo Tupinambá da Serra do
Padeiro.
A criação de
patos, galinhas, gansos, perus e outras aves mantem a diversidade
de uma
agricultura familiar onde todos se harmonizam com o ambiente,
sem criação de
gado em escala e com muitos bichos na floresta encantada
Produtos
orgânicos cultivados com técnicas realmente sustentáveis,
garantem
vidas livres de doenças, com segurança alimentar real, perceptível
Na comunidade Serra do Padreiro são cerca de 900
pessoas, pertencentes a 180 famílias, distribuídas em 17 mil hectares de terra,
num território abençoado pelo encanto e presenças divinas, onde as chuvas,
constantes, são apenas um dos caminhos para se colocar em prática, a máxima de
que “se plantando, quase tudo dá!”. Na Aldeia Serra do Padeiro Tupinambá a
presença dos “encantados” pode ser constatada a cada metro que se anda, em meio
uma floresta rara, de mata atlântica, onde a biodiversidade é tão rica e presente
quanto a própria consciência de cada índio em preservar a área como um presente
de Deus, ou dos deuses da mata, como condição para a garantia das futuras
gerações, que eles fazem questão de incentivar.
A casa de
farinha é garantia de vida, com
geração de renda
Para esse povo que sabe bem o que precisa para
viver bem, que já perderam tudo ou quase tudo e que, agora, estão
querendo proteger, com unhas, dentes, tacapes e zarabatanas o pouco do que
restou, para os filhos e netos, fica mesmo difícil entender a defesa de
empresários que praticam a monocultura, seja de eucalipto, soja, cana de
açúcar, mamona, cacau ou qualquer outra. Num pais abençoado por Deus e
repleto de gente bonita, guerreira, disposta a pegar na enxada, cantando, mas
ainda com fome, é inaceitável qualquer idéia que mate, dizime, continue
extinguindo paraísos como o da Serra do Padeiro. Se o Brasil realmente quer ter
compromisso com sustentabilidade precisa deixar, em pé, o pouco que restou das
nossas ricas florestas. Desmatamento zero é uma proposta que precisa ser
realmente colocada em prática para conter o ávido desejo do agronegócio
predatório.
Cooperatismo autosustentável
O sistema de cooperativa, agricultura familiar,
desenvolvido entre homens, mulheres e jovens da Serra do Padeiro, pode ser
traduzido na seguinte expressão do cacique Babal ”A gente não se preocupa com o
que vai vender e lucrar, e sim com o que vai comer pra não passar fome.”
Em harmonia
com a natureza as crianças interagem com a vida, biodiversa
Biodiversidade encantada
Cuidado com
a floresta e plantas medicinais garantem a vida, bem vivida.
Riqueza biodiversa preservada a pau, tacapes
e zarabatanas
No levantamento que fiz com o pajé da tribo
tupinambá Serra do Padeiro pudemos identificar uma riqueza biodiversa na serra
encantada, divina e rica composta por jequitibás, ararobas, sucupiras,
vinhático, aletrinas, cobis, gameleiras, timbaubas, burundangas, pausangue,
loros, cedros verdadeiros, cedros cabecinha, buraens, cundurus, oiticicas,
jangadas, paus darco, jueranas, mussutaibas, imbirucus, biribas, angicos,
pinhos, jacarandás, sapucaias, oitis, biquibas, baraúnas, jacarandás, pinhos
onde, da suntuosidade de suas alturas, viviam em harmonia com
espécies menores, um pouco mais baixas que elas, a exemplo de outras
espécies como murtas, aracás, batingas, mudumrurus de rego, mudunrurus de
ferro, mudumrurus cabelo de cotia, ingauçu, cipó de cravo, pai de cravo, cipó dalho,peão,
cansação, virasaque, pindaíba, catirina, bapeba, jiniparana, abacate, unha de
gato, jenipapo, motibando, onde índios e não índios se embrenhavam mata adento,
sem medo, pra buscar o que comer na verdadeira autosustentação, propiciada por
outras espécies , de frutas, como banana, laranja, jenipapo, tangerina, cacau,
limão, manga, figo pinha, goiaba, coco , dendê além de tubérculos como aimpim,
babata doce ou legumes como chuchu, jiló, frutapão, beterraba,
maxixe, mangustão, taioba ou grãos como feijão e milho.
Estafani é uma índia guerreira, guardiã de
riquezas, como a água limpa
Festa dos bichos
Pássaros
raros encantam as florestas do povo Tupinambá Serra do Padeiro
E havia a festa dos bichos como corsas, caititus,
capivaras, pacas, jupararás, quatis, guaxinins, tatus verdadeiros, tatus rabo
de couro, tatus peba, sarues, raposas, cachorros da mata, gatos da mata (ou do
mato), sussuaranas parda e pintada, gatos Açu. jupatis, papas-mel, teiús,
cotias, lontras, caxixis, preguiças, calangos de coleira, calangos vermelhos,
bacurais, caburês, sabiás de paus, formigões. Além de aves que voavam de uma
para outra árvore, a exemplo de sangue de boi, sete cor, lavadeiras,
guris, periquitos, assanhaços, bem-te-vis, sabiás, assanhaços, sofrês,
papa-capins, chorões bigodes, curiós, pássaros-preto, anuns, japus, pica-paus,
jandais, cuiubinhas, jandaís, arma de gato, juritis jacupenbas, aranquans,
mutiuns, pardais, chorões, nambus, tucanos verdadeiros, tucanos araçaris,
tucano de sapos. tucano paós, canarios, bastiões, martin pescadores,
socos, quero-queros, perdizes, garças beija-flores, xoros, chupa-limas,
pimentões, escarros, garrinchas, azulões,arapongas, sete cores, curujões,
corujas, vó da lua, sapucaias, numa comunhão que jamais veremos, com outros
bichos aquáticos como:jacarés, traíras, berés, jundiais, piabas, piaus,
acauans, tucunares, pitus, cobras preta,entre muitas outras espécies de uma
biodiversidade perfeita, que deve ter dado muito trabalho para os estudos de
Darwin e que, infelizmente, as futuras gerações só saberão da existência desse
paraíso, dessa biodiversidade local, se dermos a chance delas resistirem
nesse ritmo insensato de destruição.
Insetos curiosos na Serra do Padeiro
Será se ainda não pudemos entender que entre o que
índio tenta fazer, em harmonia com a natureza e sem os apoios necessários, e o
que os empresários vem fazendo, a séculos, de forma predatória, ainda temos que
ter dúvidas do que é melhor para preservar as riquezas de um Brasil
que chama a atenção do mundo, com liderança, exatamente porque ainda somos
o topo da megabiodiversidade do planeta? A
pergunta poderia ser: até quando, como e o que precisamos
fazer, ou não fazer, para continuarmos com esse patrimônio natural que é o
Brasil, mas que vem sendo dilapidado, irresponsavelmente?
Na Serra do Padeiro tem pessoas com muita
sensibilidade, espíritos antepassados de resistencia e muita coragem para
trabalhar, E esse é um patrimônio de valor inestimável.
ORIGENS DAS PAUTAS
Achei interessante, como jornalista, historiar a
origem de algumas dessas pautas, a partir das redes de comunicação e
mobilização que participo, como
ativista, ambientalista.
ORIGENS DAS PAUTAS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segura bebê
de dois meses de Glicéria Tupinambá. Glicéria participou da 13ª Reunião da
Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), ocasião em que expôs as
violências sofridas por seu povo. Foto: Secretaria de Imprensa / Ricardo
Stuckert / PR
POLÍCIA FEDERAL PRENDE MÃE E BEBÊ TUPINAMBÁ
.
Veja matéria publicada nas redes sociais sobre a prisão da mãe do bebê que Lula
segura nos braços
POLÍCIA FEDERAL PRENDE MÃE E BEBÊ TUPINAMBÁ
A Polícia Federal prendeu na tarde de hoje, feriado
de Corpus Christi, a índia Glicéria Tupinambá e seu filho de apenas (02) dois
meses. Glicéria é liderança de seu povo e membro da Comissão Nacional de
Política Indigenista – CNPI. Vinculada ao Ministério da Justiça, a CNPI tem
entre seus integrantes representantes de 12 ministérios, 20 lideranças
indígenas e dois representantes de entidades indigenistas. Na tarde de ontem, 2
de junho, Glicéria participou da reunião da CNPI com o Presidente Lula,
oportunidade em que denunciou as perseguições de que as lideranças Tupinambá
têm sido vítimas por parte da Polícia Federal no Sul da Bahia.
No dia seguinte, quando tentava retornar para sua
aldeia, Glicéria – tendo ao colo o seu bebê de dois meses – foi detida ao
descer do avião, ainda na pista de pouso do aeroporto de Ilhéus (BA), e diante
dos demais passageiros, por três agentes da Polícia Federal, numa intenção
clara de constrangê-la. O episódio foi testemunhado por Luis Titiah, liderança
Pataxó Hã-hã-hãe, também membro da CNPI, que a acompanhava.
Após ser interrogada durante toda a tarde na sede
Polícia Federal em Ilhéus, sempre com o bebê ao colo, Glicéria recebeu voz de
prisão da delega Denise ao deixar as dependências do órgão. Segundo informações
ainda não confirmadas, a prisão foi decretada pelo juiz Antonio Hygino, da
Comarca de Buerarema (BA), sob a alegação de Glicéria ter participado no
seqüestro de um veículo da META (empresa que presta serviço de energia na
região). Esse juiz em entrevista concedida ao repórter Fábio Roberto para um
jornal da região, se referiu aos Tupinambá como “pessoas que se dizem índios”.
Mãe e filho serão transferidos para um presídio na cidade de Jequié, distante
cerca de 200km de sua aldeia.
Desde que a FUNAI iniciou o processo de demarcação
da Terra indígena Tupinambá as fazendas invasoras da terra indígena passaram a
contratar pistoleiros, fazendeiros dos municípios de Ilhéus e Buerarema
iniciaram campanhas difamatórias nas rádios e jornais locais, incitando a
população regional contra os índios, o que resultou numa série de conflitos
envolvendo pistoleiros, fazendeiros e indígenas. Como conseqüência da disputa
pela posse da terra os Tupinambá respondem a uma série de inquéritos e
processos criminais patrocinados pela Polícia Federal, numa estratégia clara de
criminalização de sua luta legítima em defesa de seu território tradicional. Em
decorrência dessa ofensiva de criminalização já estão presos os indígenas
Rosivaldo (conhecido como cacique Babau) e Givaldo, irmãos de Glicéria que passa
a ser terceira presa política Tupinambá.
A animosidade nutrida pela Polícia Federal em
relação aos Tupinambá já se tornou crônica. No dia 23 de outubro de 2008, numa ação extremamente
agressiva, a PF atacou a comunidade indígena da Serra do Padeiro, deixando 14
Tupinambá feridos à bala de borracha, destruiu casas e veículos da comunidade,
a escola indígena e seus equipamentos, e ainda deteriorou a merenda escolar.
Dois Tupinambá foram presos na ocasião. Em junho de 2009, após outra ação de
agentes da PF juntamente com fazendeiros - numa ação de reintegração de posse
-, sinais de tortura em cinco Tupinambá ficaram comprovados por exames de corpo
de delito realizados no Instituto Médico Legal do Distrito Federal. O
inquérito, levado a cabo pelo mesmo delegado que coordenou a ação dos agentes,
concluiu entretanto pela inocorrência de tortura. Nenhum dos agentes foi
afastado durante ou após as investigações. No dia 10 de março de 2010, numa
ação irregular, a Polícia Federal invadiu a residência do cacique Babau em
horário noturno (duas horas da madrugada), destruindo móveis e utilizando
extrema força física para imobilizar o Cacique, que acreditava estar diante de
pistoleiros, pois os agentes estavam camuflados, com os rostos pintados de
preto, não se identificaram e não apresentaram mandado de prisão, além de
proferir ameaças e xingamentos.
O Conselho Indigenista Missionário, preocupado com
a integridade física e psicológica de Glicéria e seu filho, vem a público
manifestar mais uma vez o seu repúdio ao tratamento dispensado por órgãos
policiais e judiciais ao Povo Tupinambá. Reafirma seu compromisso em continuar
apoiando a luta justa do povo pela demarcação de seu território tradicional e
conclama a sociedade nacional e internacional a se manifestar em defesa da
causa Tupinambá e pela imediata libertação de seus líderes.
Brasília, 3 de junho de 2010.
Conselho Indigenista Missionário – Cimi
Para: APOINME, CNPI, CIMI, ANAI, CESE e demais
parceiros.
Prezados Senhores.
Viemos por meio desta externa toda nossa indignação
e revolta com a matéria publicada na revista época de 23 de novembro de
2009, quando de forma preconceituosa e difamatória tenta retratar a nossa
liderança como um Lampião. A repórter Mariana Sanches e o fotografo Marcelo
Min, tiveram a oportunidade de conhecer muito de nossa comunidade, as nossas
produções, as nossas casas de farinhas, o nosso colégio, as nossas crianças.
Tiveram a oportunidade de desfrutar de toda nossa hospitalidade e conhecerem
muito de nossa luta pelo resgate de nossas terras. Mas de forma mentirosa
desviou todas as nossas informações, mudando inclusive muita das informações
prestadas.
Apesar de nossa revolta com a matéria da época,
este tipo de atitude da revista não é nenhuma novidade para a comunidade
Tupinambá, pois aqui na região os jornais locais, as rádios em especial as AM,
a televisão constantemente fazem isto, nos tratam de forma preconceituosa e
difamatória. Por exemplo, o radialista Ribamar Mesquita de Rádio Jornal de
Itabuna constantemente usa de seu espaço nesta rádio, para nos acusar de vários
crimes, nos difama e até incita a população regional contra a nossa comunidade.
Os Jornais Agora e a Região também de Itabuna nos trata de forma preconceituosa
nos chamando de falsos índios, publicando sempre matérias contra a nossa
comunidade e também colocando a sociedade contra a nossa comunidade. Mas
acreditamos que a culpa da não é só deles, pois a nossa comunidade tem feita
várias denuncias sobre esta situação, já vieram várias comissões de Direitos
Humanos aqui nas nossas aldeias e estes fatos já foram colocados, e como nada
foi feito eles se sentem fortalecidos e no direito de continuar nos atacando, o
sentimento de impunidade, de superioridade e o dinheiro de quem os patrocinam
fazem com que estas mentiras divulgadas pelo Meios de comunicação se tornem
quase uma “verdade absoluta”. Uma outra situação colocado pela matéria é a
posição do delegado Cristiano da Policia Federal e o resultado do inquérito que
apurava a tortura conta membros da nossa comunidade, por varias vezes
solicitamos das autoridades que um outro delegado viesse acompanhar as
investigações, não fomos atendidos e portanto não é nenhuma surpresa que o
resultado do inquérito foi que os policiais não cometeram nenhum crime. Que
outro resultado poderia sair de um inquérito que é conduzido por um delegado
que é o coordenador do comando da operação que terminou resultando na pratica
de tortura? Seria esperar muito, que o inquérito apontasse um outro resultado,
apesar de todas as provas mostrarem que a tortura foi praticada.
A comunidade encontra-se bastante preocupada, pois
a história de perseguição e calunias se repete, os mais velhos nos lembra, que
no passado a nossa liderança Marcelino também foi chamado de Lampião e que
chefiava um bando aqui na região, colocaram premio pela sua cabeça e diante da
falta de autoridade e de nada ser feito a nossa liderança foi assassinada, e o
mais impressionante é que após quase cem anos a história se repete do mesmo
jeito e com os mesmos atores, esperamos que desta vez a história não tenha o
mesmo final.
Um dado interessante que a revista coloca e isto
demonstra para todos nós os reais interesses que tem por trás de toda esta
trama, é a presença de muita gente grande por trás destas ações, como o
banqueiro Arminio Fraga um dos invasores de nosso território, portanto desta
vez as Organizações Globo com esta matéria tendenciosa e mentirosa não esta
defendendo apenas os interesses dos outros mas também o dela mesmo. Aliás
a Globo já mantem esta prática, de defender os interesses dos grande
latifundiários, dos banqueiros, dos políticos que a ajudam a se manter no poder
contra as pequenas comunidades a muito tempo.
Diante de tudo isto, e de todos estes fatos
relatados e os já conhecidos por todos vocês, viemos mis uma vez solicitar que
providencias sejam tomadas, mas providencias de verdade. Não dá mais para
ficar ouvindo promessas, ficar recebendo visitas, sermos ouvidos por muitas
autoridades e não sentimos que as coisas estão andando. Acreditamos que é
preciso fazer ainda mais e agilizar a resolução da demarcação de nossas terras.
Que haja um esforço ainda maior das autoridades envolvidas nesta questão em
esclarecer e resolver esta situação, como por exemplo, o esclarecimento e os
encaminhamentos para que os pequenos produtores sejam reassentados, suas
benfeitorias sejam indenizadas, este procedimento pode resultar na retirada de
cena de pessoas má intencionadas que tem usado os pequenos agricultores para
realizarem seus interesses políticos, colocando os pequenos agricultores contra
a nossa comunidade com o repasse de falsas informações. São estes políticos
envolvidos e empresários da região que viram seus interesses abalados pela
nossa ação que tem financiado toda esta ação contra a nossa comunidade, a
própria matéria da revista época deixa isto muito claro. Eles trazem gente de
fora, eles bancam e com certeza devem pagar aos jornais, revistas, radialista
para que nos ataque. Vale lembrar que a nossa ação feriu os interesses do
tráfico de droga da região, tráfico de animais silvestres, do comércio de
madeira ilegal, do agronegócio e isto tem mexido nos bolsos deles.
Por fim, pedimos a todos: autoridades, parceiros,
aliados, sociedade regional, nacional e internacional, não deixem que a
história se repita com o mesmo final. Queremos apenas viver e lutar pelos
nossos direitos e em especial a nossa Mãe Terra. Ela nos pertence. Não permitam
que mais uma vez os invasores sejam os vitoriosos nesta história. BASTA
DE MASSACRE, DE EXPLORAÇÃO, DE MENTIRA, DE CALUNIA, DE IMPUNIDADE.
Serra do Padeiro, 01 de dezembro de 2009.
POVO TUPINAMBA OLIVENÇA
Liderança Tupinambá Olivença na Campanha do
Movimento AMA
Reuniões na
Aldeia são constantes entre os Tupinambás de Olivença, que montaram sua aldeia
num antiga área de lixão e desova
humana
Os rios são a garantia de sobrevivência para
o povo Tupinambá em Olivença
O rio é
única fonte para a garantia da vida, para beber, pescar, banhar e brincar
POVO KIRIRI
O velho
guerreiro, Cacique Lazaro, em conversa
sobre os problemas e sonhos da comunidade Kiriri, com sua filha ao lado,
professora da comunidade
A falta de
água não impede a guerreira “ Mãe Eduarda”, mulher da cacique Lázaro, de cuidar
dos pratos da casa onde tem sempre
dezenas de “parentes” para comer.
Índios
Kiriris, que vão à escola sem estrutura para alimentar a esperança de
continuidade da cultura que resiste em ações corajosas do Cacique Lázaro
A
adolescente Kawani e irmãos dão
valor à riqueza de estar no mato, todos os dias
A
índia guerreira já teve que ficar na mata por dias, fugindo de cerco policial
A sapiência
de índia “Mãe Eduarda” resiste aos desafios diários,
ela canta,
compõe, dança, nina, vai pra mata e cuida de todos
Um
irmão cuida do outro, com carinho,
paciência e muito amor entre os Kiriris
Indias Kiriris em mutirão de limpeza da
aldeia onde a praça está sempre
limpa
A igreja é
símbolo de fé e resistência da história dos Kiriris, em Mirandela
O professor e seus alunos kiriris estudam a manutenção de culturas rradicionais
A Escola Municipal Professora Francisca Alice Costa, em Mirandela,
município de Banzaê, na Aldeia Kiriri, passou para o estado, em 2008, com
o novo nome de Escola Indígena José Zacarias, reconhecido índio, músico,
integrante do Conselho Indígena da Comunidade e irmão do Cacique Lázaro,
índio símbolo de retomadas do povo Kiriri. A escola atende a todas as
comunidades indígenas do município, como as localidades de Lagoa Grande,
Pau Ferro, Marcação e Mirandela. Tem uma estrutura colegiada, administrada
pelos próprios índios, com diretoria, cinco assistentes administrativos, dois articuladores pedagógicos, duas secretárias, 26 professores, merendeiras e vigia, para um universo de 479 alunos índios.
A escola funciona nos três turnos e está
provisoriamente dividida entre as
instalações físicas da creche e outras poucas salas em condições de
funcionamento, na escola, que fica em frente, e que está literalmente no chão, aguardando a liberação de recursos para a manutenção da estrutura predial, que caiu quase que totalmente, por falta de manutenção.
instalações físicas da creche e outras poucas salas em condições de
funcionamento, na escola, que fica em frente, e que está literalmente no chão, aguardando a liberação de recursos para a manutenção da estrutura predial, que caiu quase que totalmente, por falta de manutenção.
Pela manhã, os alunios. os alunos do pré escolar à
2ª Série dividem os pequenos espaços ;
assim como à tarde, da 3ª a 5ª série; e à noite, da 5ª série B à 8ª série.
Em Mirandela, sede da Aldeia Kiriri, funciona esta Escola chamada de
Núcleo Mãe, para atender aos alunos da 1 ª à 4ª séries , que tem menos
idade e que moram nas comunidades mais próximas. Um carro velho,
desconfortável, zuadento, e um ônibus, caindo aos pedaços, fazem o
deslocamento de alunos e professores das comunidades mais próximas, como Pau Ferro e Marcação, até a Escola Mãe, em Mirandela.
assim como à tarde, da 3ª a 5ª série; e à noite, da 5ª série B à 8ª série.
Em Mirandela, sede da Aldeia Kiriri, funciona esta Escola chamada de
Núcleo Mãe, para atender aos alunos da 1 ª à 4ª séries , que tem menos
idade e que moram nas comunidades mais próximas. Um carro velho,
desconfortável, zuadento, e um ônibus, caindo aos pedaços, fazem o
deslocamento de alunos e professores das comunidades mais próximas, como Pau Ferro e Marcação, até a Escola Mãe, em Mirandela.
Escola Mãe e
Escolas Filhas
Os professores também se deslocam até os núcleos anexos, chamadas de
“Filhas 1, 2 e 3 ”, que funcionam em outras comunidades para dar aulas
aos alunos que estão mais longes do Núcleo Mãe, nas Aldeias de Pau Ferro,
Gado Velhaco e Marcação. A escola tem metodologia própria, valoriza o
resgate das raízes indígenas, através do ensino da cultura e prática do
idioma Inuka (tronco da língua Kiriri) onde o professor de Cultura
Indígena, Adenilson de Jesus Souza, integra os rituais dos pajés, berço
para difusão da língua entre os mais novos.
A estrutura administrativa é voltada para dar acompanhamento de
freqüência, com diário escolar, ficha de matrícula, relatórios com apresentação de resultados. Funcionando como escola indígena desde 1996 o projeto pedagógico vem sendo aperfeiçoado ano a ano e avançou a partir da conquista de lutas territoriais e políticas, com a garantia de acessos à estrutura de educação do estado, já que o município segundo os índios, historicamente sempre foi complicado.
Os alunos, assim como a toda a comunidade Kiriri, se veste com roupas
tradicionais, feitas a partir do Imbé, pindoba da palha do ouricuri. O
professor de cultura indígena gosta de levar os alunos para aprender
coisas do dia a dia, na própria mata, pra ver de perto animais, frutas,
raízes e toda a riqueza que faz a cultura indígena resistir ou não. Ele se
preocupa em mostrar como surgiu a roça comunitária, a história do projeto
pedagógico da escola, e abre espaços livres para manifestações espontâneas
dos alunos.
“Eles vão para roças, ouvir palestras dos índios
mais velhos
sobre a importância de estarmos juntos, perto um do outro, trabalhando
com a comunidade”. Cozinham embaixo das árvores com lenha e aprendem a
interagir com o ambiente, com harmonia”, diz Professor Adenilson, índio
muito sério, com característica bem forte da aldeia Pau Ferro, que mostra
prazer em poder difundir a cultura entre os mais novos, mas, também não
esconde a indignação diante dos desafios diários, como as longas
caminhadas, até noturnas, para sair de uma aldeia para outra para dar
aula aos seus alunos.
sobre a importância de estarmos juntos, perto um do outro, trabalhando
com a comunidade”. Cozinham embaixo das árvores com lenha e aprendem a
interagir com o ambiente, com harmonia”, diz Professor Adenilson, índio
muito sério, com característica bem forte da aldeia Pau Ferro, que mostra
prazer em poder difundir a cultura entre os mais novos, mas, também não
esconde a indignação diante dos desafios diários, como as longas
caminhadas, até noturnas, para sair de uma aldeia para outra para dar
aula aos seus alunos.
Mãe Eduarda
aderiu a campanha Desperdício Zero, do AMA, através de oficina
sobre o
aproveitamento integral de alimentos. O que antes ia pro lixo entrou na
Cadeia
Produtiva Sustentável com o uso da polpa para geléias, doces, balas, sucos
A tapioca
foi valorizada nas oficinas AIA do AMA e o biscoito “pomba de maroto” deu lugar
aos perversos salgadinhos coloridos quimicamente, febre entre as crianças
Alunos Kiriris encantados com Campanha
Desperdicio Zero = Fome Zero. A margarina, por exemplo, foi substituída,
naturalmente, pela geléia de caju, deliciosa, barata, nutritiva e lúdica nas
oficinas improvisadas pelo Movimento AMA.
POVO KAIMBÉ
- MASSACARÁ
Caciques
Kaimbé Jovenal e Flávio
Pacto
cultural eterno
Territorio
Kaimbé – Massacará
Garantia de
Território às futuras gerações
Autoestima
Kaimbé Mirim
Pinta de Futuro
Cacique Kaimbé
Mobilização Comunitária Kaimbé para garantia da autosustentação
territorial
Pauta eterna
de reivindicações de direitos com burocracia inoperante
Liderança Kaimbé valoriza agricultura familiar
orgânica como garantia de saúde
Promessas
governamentais não cumpridas pela burocracia inoperante
Pauta histórica
: água e saneamento pra garantia da
vida
Prática
harmoniosa ambiental
Autosustetação
alimentar organica para garantir a vida com saúde
Consciente
da luta pelo Território Kaimbé
Mulheres
kaimbé e Campanha AMA Desperdicio Zero com a merenda escolar
AGENDA
DOMÉSTICA AMBIENTAL NA COZINHA, NO BANHEIRO,.....
Preservando as tradições religiosas
junto à comunidade
O pitar do
cachimbo do índio Kaimbé – Massacará
Tradição harmônica com dança em sintonia universal
Juventude
antenada com as novidades dos centros urbanos
Arvore sagrada dos rituais kaimbé
Kaimbés
mirins no Desperdício Zero do Movimento AMA
Cadeias
produtivas harmoniosas
Técnica
artesanal
ALDEIA DOS
TRUKÁS – CABROBÓ – Pernambuco
Mãe Isaura -
Resistência de Fé na
defesa do
Velho Chico em Cabrobó
Manifestante
de todo o Brasil montaram vigília na beira do Velho Chico – em Cabrobó
Índios
trukás símholo de resistência e luta contra transposição das
águas do
Velho Chico no marco inicial de
Cabrobó
Depois da
vigília da Greve de Fome do Frei Dom Cappio, o convite do povo Truká, (Cabrobó.
Pernambuco) para harmonizar com o ambiente, na beira do fogão de lenha morta,
enquanto a massa do beiju fica no ponto pelas mãos cuidados da
mãe índia Conceição, liderança da aldeia.
Família
Truká aderindo ao Movimento AMA depois da greve de Dom Luis Cappio
Depois dos
holofotes da imprensa mundial o AMA ficou na comunidade pra ver de perto os
problemas que justificavam a adesão dos índios ao movimento Contra a
Transposição das àguas do Velho Chico.
Movimento AMA em apoio à defesa das
águas do Velho Chico e contra a transposição
AMA na mobilização pelo Velho Chico- Cabrobó
Políticos de todos os partidos marcam presença midiática na greve de
Dom Cappio
Clipagem de matérias sobre a prisão das Lideranças
Indígenas Tupinambás
Médico e
vereador que considera todos os índios preguiçosos, examinou o cacique.
O
desenrolar da operação desenvolvida pelos policiais federais, na madrugada
desta quarta-feira (10), que prendeu o Cacique Babau, um dos líderes dos índios
Tupinambá de Olivença, foi acompanhada por este blogueiro, na sede da PF em
Ilhéus.
A
diretora da PF, Denise Cavalcanti, não permitiu que a imprensa falasse com o
índio, sob a alegação de que não daria tempo. Antes, um agente informou que a
FUNAI não queria permitir qualquer contato com os jornalistas, situação
desmentida pelo coordenador do órgão, Rômulo Cerqueira.
Babau
passou toda a manhã e o início da tarde prestando esclarecimentos relacionados
a oito inquéritos movidos contra ele, todos ligados à sua atuação como líder
indígena.
Recebemos
a informação de que ele seria encaminhado à 7ª COORPIN, para ser submetido ao
exame de corpo de delito. Para a nossa surpresa, eis que de repente, surge o
vereador e médico Aldemir Almeida, se propondo a analisar o detento.
Detalhes:
Aldemir não estava de plantão no DPT, e sim o seu colega Júlio César.
Aldemir se destaca por ser totalmente contrário aos índios, já chegando a dizer
em praça pública : “índio é preguiçoso e não gosta de trabalhar”, declaração
estúpida e preconceituosa. A disponibilidade do legista, neste caso, é
estranha, uma vez que ele não costuma sequer dar plantões no DPT, obrigando os
examinados a se dirigirem para a sua clínica (COCI), localizada no bairro do
Malhado.
No
momento da prisão, Babau se atracou com um policial, gerando pequenos arranhões
em ambos. As lesões foram mínimas, sem condições de influir no inquérito.
Aldemir não obteve êxito em sua pretensão.
O
Cacique, no seu depoimento, disse ter pensado que se tratava de uma emboscada,
mas, quando ouviu a declaração de prisão em nome da PF, parou de reagir. O
relato foi confirmado pelos policiais.
A
discussão entre os defensores e acusadores se concentra no horário da prisão. A
lei estabelece que, nestes casos, o ato só poderia ter sido realizado durante o
dia. Babau afirmou que foi preso às 02:00 horas da madrugada.
A
delegada Denise Cavalcanti não precisou o horário do início da operação, disse
que os “seus colegas” entraram pela mata que envolve a Serra do Padeiro (área
dominada pela tribo de Babau), conseguindo cercar a casa do procurado, e
por volta das 05:00 horas da manhã concluíram a tarefa.
Babau
foi encaminhado para Salvador às 16:00 horas desta quarta-feira (10).
Postado em Delegacia, Ilhéus, Notícias, Índios | Tags: Cacique Babau
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9
respostas para “SOBRE A PRISÃO DO CACIQUE BABAU”
- wilson disse:
QUE va e não volte nunca mais.
- ´Babau vai
é para Brasília disse:
Babau, se indío mesmo for, e tutelado da FUNAI, foi
trâsnferido para Salvador por uma questão de Segurança.De Salvador vai para
Brasília, onde fica a sede da FUNAI.Os Advogados da FUNAI, entram com mandato
de Segurança no STF, libera Babau que fica custodiado na Casa de Abrigo dos
Indíos na L 2 Sul,basta atravessar a pista , que esta nas entre quadras das
400, onde botecos é que não falta.Entra e sai no abrigo a qualquer hora e vai
tomar cachaça nos botecos de Brasilia. Numa dessas suas saidas , pega um busú e
volta para a Serra do Padeiro em Buerarerma, para atormentar os fazendeiros da
região.
Estou de olho, na prisão de Babau!
Num dô 30 dd, para Babau, estar de volta ao sul da Bahia!
Estou de olho, na prisão de Babau!
Num dô 30 dd, para Babau, estar de volta ao sul da Bahia!
- JOSELITO
disse:
Estou em 1500. quando aqui os Tupinambá, quando
tempos depois o outro
inimigo, chegou e causou a maior chacina das historia, maando mas de 10000 mil indios aqui na região. é muito bom defender fazendeiros, isso mostra como o nosso pais v os seus primeiros habitantes.
inimigo, chegou e causou a maior chacina das historia, maando mas de 10000 mil indios aqui na região. é muito bom defender fazendeiros, isso mostra como o nosso pais v os seus primeiros habitantes.
- Alfredo Falcão disse:
Aos que defendem um criminoso Babau gostaria de
perguntar como se sentiriam em estar na frente de mais de 150 homens armados
atacando sua propriedade centenária que tem interdito Proibitório dado pela
Justiça Federal e outros pequenos agricultores aterrorizados que não podem si
manifestar. Pois impera a lei da mordaça na região do Padeiro. Aos que criarão
este bando, saibam que eles estão fora de controle pois estão desafiando a
constituição e a Justiça Federal.
- tupinamba
gererro disse:
eu acho que agente dever sim luta pelo nosso
direito e quem acha ruim que si parta e babau tem todo a polhor de todos os
indio tupinamba de olivença
- Pereira disse:
Nota-se na escrita do ilustre “bloqueiro” uma
inclinação à “causa indígena”, não sei se por oportunismo ou tendências
escusas, o fato é que “babau” é marginal e como tal deve ser tratado, não se
trata de um silvícola no qual o estado tem obrigação de resguardar ou tutelar.
O Sr. Gusmão deveria levantar quantas mortes e feridos o afro-descendente
“babau” e o seu bando vitimou; gente inocente, empregados rurais, gente simples,
vitimadas por esse impostor, que não passaria num exame antropológico bem
acurado e executado por instituição isenta. Os descendentes indigenas que
habitam o sul e extremo sul da bahia repudiam os métodos empregados por esse
delinquente. As instituições e ong’s que defendem esse facínora, vivem a margem
dos fatos e babau e seu bando vão sobrevivendo a essa cequeira
institucionalizada. Acredito que todos em são consciência são a favor dos
direitos índigenas, só não podemos aceitar a esse engodo chamado “babau” que
querem nos empurrar goela abaixo, como autentico representante da nação
tupinambá; ora faça-me o favor Sr. Gusmão…
- Tomás Amaral disse:
Infelizmente muitos brasileiros acham que índios,
negros e pobres não são seres humanos e não têm diereitos como todos. Dos
fazendeiros que têm posse ilegal (portanto roubada) e desmatam árvores
centenárias, esses não reclamam. Mas o índio reagir e lutar por um pedaço de
terra ao qual tem direito, para eles, é um absurdo! Eles estão fora de
controle! Do controle do chicote e da espingarda… Brasil: terra de coronéis.
Eta, mentalidade!
- esawana disse:
Babal ,vai sai de la sim e muito mais forte do que
vcs
imagina pois tem muita gente lutando por ele
e do lado dele..a POLICIA FEDERAL tem prender os vagabundos
que estão por ai souto..APOLICIA FEDERAL.SÃO UMA ……….
BABAL E UMA PESSOA QUE LUTA PELO O DIREITO DO SEU POVO……..
A VERDADE VAI CHEGAR E MUITO FAZENDEIRO VAI QUEBRAR A CARA………..SRSRSRSRSR
imagina pois tem muita gente lutando por ele
e do lado dele..a POLICIA FEDERAL tem prender os vagabundos
que estão por ai souto..APOLICIA FEDERAL.SÃO UMA ……….
BABAL E UMA PESSOA QUE LUTA PELO O DIREITO DO SEU POVO……..
A VERDADE VAI CHEGAR E MUITO FAZENDEIRO VAI QUEBRAR A CARA………..SRSRSRSRSR
- nelson disse:
Cacique Babau é preso em operação
da Polícia Federal em Buerarema
Redação CORREIO
Rosivaldo Silva, mais conhecido como 'cacique Babau' foi
preso na madrugada desta quarta-feira (10) na Serra do Padeiro, em Buerarema,
em uma ação da Polícia Federal (PF). O líder indígena é acusado
de praticar atos de violência, ameaça e pertubação da ordem e bloqueio de
rodovias. Além de crime de dano e cárcere privado, invasão de
fazendas, tentativa de homicídio, incêndio criminoso, ameaça de morte a
fazendeiros, depredação de bens públicos, saques de bens em propriedades rurais
e formação de quadrilha.
O mandado de prisão foi expedido em agosto do ano passado, mas só hoje, depois de sete meses e várias tentativas, a PF conseguiu cumprir. O cacique Babau está sendo ouvido nesta manhã e depois será submetido a um exame de corpo delito por que resistiu a prisão e teve pequenos ferimentos no rosto. Durante a tarde ele será encaminhado para a PF em Salvador. A PF conseguiu prender o cacique depois de cercar o local e invadir a casa onde ele estava.
As ameaças entre índios e fazendeiros aumentaram,no mês passado, depois que os Tupinambá ocuparam uma fazenda em Buerarema. Mesmo após a Justiça ter determinado a reintegração de posse, eles permanecem no local. Cerca de 3 mil índios vivem entre os municípios de Buerarema e Ilhéus. A violência na região cresceu depois que a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou um parecer de reconhecimento de território.
O mandado de prisão foi expedido em agosto do ano passado, mas só hoje, depois de sete meses e várias tentativas, a PF conseguiu cumprir. O cacique Babau está sendo ouvido nesta manhã e depois será submetido a um exame de corpo delito por que resistiu a prisão e teve pequenos ferimentos no rosto. Durante a tarde ele será encaminhado para a PF em Salvador. A PF conseguiu prender o cacique depois de cercar o local e invadir a casa onde ele estava.
As ameaças entre índios e fazendeiros aumentaram,no mês passado, depois que os Tupinambá ocuparam uma fazenda em Buerarema. Mesmo após a Justiça ter determinado a reintegração de posse, eles permanecem no local. Cerca de 3 mil índios vivem entre os municípios de Buerarema e Ilhéus. A violência na região cresceu depois que a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou um parecer de reconhecimento de território.
A tribo teria direito a 47 mil hectares. Quase dez
vezes mais do que a área que ocupa hoje, 5 mil hectares. O laudo da
Funai é constestado pelos fazendeiros. O território em disputa reúne
mais de 600 propriedades. A maioria produz cacau. desde o início dos
conflitos, 23 fazendas já foram invadidas pelos Tupinambá. Informações são da
TV Santa Cruz.
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Comentários(11)
Indique
RSS Del.icio.us
Liberdade para o cacique Babau
Na madrugada da
quarta-feira (10/03), cinco policiais federais, fortemente armados, arrombaram
e invadiram a casa de Rosivaldo Ferreira da Silva, o cacique Babau, na
comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro. Segundo seus familiares, no momento
de sua prisão, Babau foi violentamente agredido e ameaçado de morte, na
presença de sua esposa e do filho de 3 anos. Vários móveis da casa foram
quebrados. Somente após as agressões os policiais se identificaram, e nenhum
mandado de prisão foi apresentado.
A ação da PF aconteceu por volta das 2h40 da manhã, no entanto os
agentes só chegaram com Babau à delegacia de Ilhéus entre 6h30 e 7 horas da
manhã. Em depoimento, ele disse que antes os policiais pararam para lanchar em
um posto e em outro local, onde há caminhões e guinchos desativados, para
esperar amanhecer e poderem justificar a ação arbitrária que realizaram.
No momento de sua chegada à Superintendência da Polícia Federal de
Salvador, na noite de quarta-feira, Babau recebeu o apoio de amigos,
familiares, entidades que lutam pela garantia dos direitos humanos e lideranças
indígenas da região.
Manifestação
em apoio ao cacique Babau Tupinambá.
Toré em frente à Superintendência da Polícia Federal (Água de Meninos - Comércio) dia 19/03 (sexta-feira) às15h.
Toré em frente à Superintendência da Polícia Federal (Água de Meninos - Comércio) dia 19/03 (sexta-feira) às15h.
CIMI: Integrantes da SEDH visitam "cacique Babau", preso
na Polícia Federal, em Salvador (BA) | Entidades se solidarizam e demonstram apoio ao cacique Babau
| Cimi repudia nova agressão da Polícia Federal aos Tupinambá
Leia Mais: Carta
da comunidade Serra do Padeiro | Declaração
de Solidariedade ao Cacique Babau e de apoio as lutas dos povos indígenas |
Nota de
desagravo da ANAI à revista Época em defesa ao povo Tupinambá | Entendendo
a Luta do Povo Tupinambá | MP entra
com pedido para soltarem Babau | Babau é
mais uma vitima dos ruralistas e mídia burguesa | "País
Das Maravilhas" e a LUTA do POVO INDÍGENA
O subsecretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos,
Perly Cipriano, e o diretor de Defesa dos Direitos Humanos, Fernando Matos,
ambos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
(SEDH/PR), o visitaram na tarde desta sexta-feira (12), e no mesmo dia o
Ministério Público Federal deu entrada no pedido de habeas corpus em favor do
cacique.
A prisão de Babau, liderança que representa as cerca de 130 famílias que
vivem na aldeia da Serra do Padeiro (município de Buerarema, e de Olivença, em
Ilhéus) aconteceu em um momento de significativa tensão.
No dia 19/02 houve uma reintegração de posse numa das fazendas ocupadas,
porém nao havia nenhuma ordem judicial para tal ação, o "dono" da
fazenda chegou acompanhado de 50 homens, entre estes estavam agentes da policia
federal da Bahia. Os tupinambá foram expulsos dali a base de ameaças e tiros.
No dia 25/02 os tupinambá, numa sabia extratégia retomaram a fazenda
invadida, foram acusados até de assassinos, porém nao existia cadaver algum.
No dia 08/03, houve uma reunião com todos os caciques Tupinambá, da qual
apenas Babau não participou. O encontro foi com delegados da PF na sede da
Funai em Ilhéus. Segundo informações de lideranças presentes nessa reunião, o
assunto tratado foi a criação de mecanismos que procurem formas pacíficas
durante os procedimentos de reintegração de posse de áreas ocupadas pelos
indígenas.
Essa não foi a primeira agressão sofrida pelos Tupinambá. Em 2008,
durante uma tentativa de prender Babau, a Polícia Federal ingressou na aldeia e
destruiu a escola da comunidade, além de agredir Babau, seu irmão Jurandir
Ferreira e o ancião Marcionilio Guerreiro com tiros de borrachas. Dois dias
depois, cerca de 130 agentes voltaram à comunidade, agindo com forte e
desproporcioanl aparato policial. Na ocasião, eles destruíram móveis, queimaram
roças e feriram dezenas de pessoas.
Ano passado, novas arbitrariedades foram cometidas. Cinco indígenas
foram constrangidos e sofreram abusos de poder praticado pela PF, entre eles
uma mulher. Durante esta ação ilegal, eles foram agredidos com gás de pimenta e
dois deles receberam choques elétricos que deixaram queimaduras nos corpos das
vítimas, inclusive em partes íntimas.
Cacique Babau Tupinambá está preso
Por Juvenal Payayá 11/03/2010 às 23:14
Por Juvenal Payayá 11/03/2010 às 23:14
PRISÃO DE LÍDER INDÍGENA CUJO POVO SE
ENCONTRA EM SITUAÇÃO DE GENOCÍDIO FÍSICO E CULTURAL ao largo dos séculos.
Cacique Babau
O Cacique Babau está preso.
Babau é o cacique tupinambá de Serra do Padeiro - Cidade de Olivença, 500km de Salvador Ba.
É um dos lideres de maior envergadura entre os caciques indígenas da Bahia. Segundo informações preliminares a prisão foi efetuada dentro da sede da FUNAI em Ilhéus-Ba. Não podemos descrever as acusações que motivaram a prisão, porém, sabe-se que, de certa forma está ligada a sua luta para receber da prefeitura de Buerarema verbas que o Governo Federal repassou para o seu povo Tupinambá.
É necessário uma ação coletiva. É necessário ação para que o juiz de Ilhéus saiba e se sensibilize que babau é um líder, líder de um povo sem r4presentante, um povo marcado para desaparecer,
É preciso atentar para os fatos antes que ele se acabe naquela masmorra como os cristãos em Roma.
Por favor façam alguma coisa.
Índio sempre padeceu nas mãos de ?donos das terras dos índios?, de políticos, juizes, polícias, madereiros, garimpeiros, malandros, incendiários e arrozeiros, ou seja, na mãos de poderosos juruas.
Índios é o que sempre morre nos conflitos, depois de queimados são esquecidos.
Babau precisa de um defensor, um bom advogado criminalista, há alguém que possa assumir e se predispor a enfrentar esta causa?
Quem desejar participar desta luta responda o e-mail.
Segue os telefones da FUNAI e peçam explicações: xx7332313616 Ilhéus e xx73 32885273 Porto Seguro
Juvenal Payayá
Babau é o cacique tupinambá de Serra do Padeiro - Cidade de Olivença, 500km de Salvador Ba.
É um dos lideres de maior envergadura entre os caciques indígenas da Bahia. Segundo informações preliminares a prisão foi efetuada dentro da sede da FUNAI em Ilhéus-Ba. Não podemos descrever as acusações que motivaram a prisão, porém, sabe-se que, de certa forma está ligada a sua luta para receber da prefeitura de Buerarema verbas que o Governo Federal repassou para o seu povo Tupinambá.
É necessário uma ação coletiva. É necessário ação para que o juiz de Ilhéus saiba e se sensibilize que babau é um líder, líder de um povo sem r4presentante, um povo marcado para desaparecer,
É preciso atentar para os fatos antes que ele se acabe naquela masmorra como os cristãos em Roma.
Por favor façam alguma coisa.
Índio sempre padeceu nas mãos de ?donos das terras dos índios?, de políticos, juizes, polícias, madereiros, garimpeiros, malandros, incendiários e arrozeiros, ou seja, na mãos de poderosos juruas.
Índios é o que sempre morre nos conflitos, depois de queimados são esquecidos.
Babau precisa de um defensor, um bom advogado criminalista, há alguém que possa assumir e se predispor a enfrentar esta causa?
Quem desejar participar desta luta responda o e-mail.
Segue os telefones da FUNAI e peçam explicações: xx7332313616 Ilhéus e xx73 32885273 Porto Seguro
Juvenal Payayá
Liliana
Peixinho* - Jornalista, ativista ambiental – Fundadora dos Movimentos
independentes e Voluntarios AMA- Amigos do Meio Ambiente e RAMA – Rede de
Articulação e Mobilização Ambiental