quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rio + 20 e demandas seculares reprimidas



Não entendo pq a mídia especializada, cobrindo a Rio + 20, ainda dá voz a poderosos com WWF, Greenpeace e ao próprio Governo. Fico pasma com esse faz de conta que pergunta x fazer de conta que responde. Mesmo que cientistas como James Lovelock refaça suas posições no macro cenário físico das mudanças climáticas, e surjam novas interpretações em reduzir o alarme sobre a ação humana, claro parece ser a necessidade de mudanças, urgentes, no modelo de consumo e descarte, e suas relações com inadimplencia, endividamento, estresse, violencia, saneamento, fome, doenças, moradia, deslocamentos. Nunca vi tanta gente morrendo tão fácil, rápido. Nunca vi tanta gente doente, por falta de informação para comer certo, ler com atenção, cuidar da higiene da casa. Coisas simples que facilitam, ou dificultam muito, o cotidiano. Muito blá, blá, egos, cenários, discursos, faz de conta e festa. Ainda bem que desta vez não pude pagar para ir. De longe a gente enxerga melhor os desperdícios, discursos, pouca objetividade, seriedade e vontade de mudar, de fato. Quero ver o foco da cobertura da Marcha contra o Capitalismo. Imagino que algo de muito bom possa surgir dai. Atenta aqui pra compartilhar ao mundo o que Vida estar a nos exigir !

O Jornalismo da Rio + 20 é chapa branca pintada de verde, atende não aos interesses da Democracia, com voz plural, mas a quem quer ampliar poder. Se tivesse compromisso com o Século XX1 ouviria caras pintadas de séculos passados, quilombolas filhos da Mãe Africa, agricultores explorados para exportações de commodities, artesãos que fortalecem a imagem da criatividade brasileira, movimentos sem carimbo jurídico para lavar dinheiro, com filtros claros, parciais (pq imparcialidade é mito derrubado pela realidade) linkados, contextualizados, com o que a vida estar a reclamar: cidadania, democracia real, inclusão. Ouvir duas ou tres fontes representantivas da burguesia faz de conta que faz em grifes ambientais gringas, é negar o protagonismo invísivel de quem fortalece a riqueza bio cult eco brasileira num evento cuja imersão planetária arrasta demandas históricas reprimidas para os próximos séculos. Vou acompanhar a Midia Livre. Livre!! de quem, do que?



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