sábado, 12 de maio de 2012

COTIDIANO INSUSTENTAVEL




lixo praia porto santo 
                                                    Mangue e lixo -Praia Porto Santos –
                                                    Ilha de Itaparica- Bahia- Nordeste- Brasil
poluicao mangues Porto Santo 

lixo sob  placa educativa Ambiente sagrado, com lixo no mato


000078
Raízes históricas dizimadas - Floresta no chao



DEGRADACAO MANGUES LIXO TOXICOContaminação industrial Mangue - Rio Potengi Rio Grande do Norte - Nordeste - Brasil
Fotos denuncia mangue acidente crime Rio Potengi 072
Dejetos químicos industrias no Mangue- Rio Potengi
Rio Grande do Norte – Nordeste - Brasil


image063
Trabalho infantil escravo


image057
Moradia sem direitos a harmonia familiar


image012
Saúde comprometida – Emergências sempre superlotadas

image013


image045Sistema de transporte de massa caótico. Horas e horas entre a casa e atividades nas ruas !



 As demandas reprimidas sao historicas, assim como o descaso politico empresarial em colocor em pratica o que pesquisadores, profissionais em campo,  sinalizam como necessario e urgente. Podemos mostrar aqui algumas dessas sinalizacoes, resultados de trabalhos comprometidos com a agenda em foco. Vejamos, entao”…


…“ Por meio dessa troca de experiências, foi possível            levantar as principais demandas para que as empresas possam se comunicar de forma efetiva e produtiva com seus principais stakeholders – funcionários, mídia, acionistas, fornecedores e prestadores de serviço, além de instituições governamentais e da sociedade civil.
Inspirados em modelos semelhantes desenvolvidos pelo WBCSD em diferentes países, os membros da Câmara Temática de Comunicação e Educação souberam adaptar, com extremo senso profissional, a abordagem do guia para a realidade brasileira. O conteúdo deste projeto editorial inédito no país está apoiado em três pilares: comunicação da sustentabilidade, comunicação para a sustentabilidade e sustentabilidade da comunicação.
… fugir do perigoso e inconsistente caminho do chamado greenwashing e como imprimir um sistema de comunicação corporativa baseado na transparência e na divulgação de resultados, dentro e fora das empresas”
. … princípio de que só devemos divulgar aquilo que podemos comprovar e manter a preocupação permanente de reportamos o que fazemos de bom para não perdermos a oportunidade de induzir a replicabilidade.
…. em vez de omitir erros, devemos aprender a utilizá-los com sabedoria para não deixar escapar a chance de debatê-los e corrigi-los’.


PARADOXO ENTRE O DISCURSO MIDIATICO “ SUSTENTAVEL” E A REALIDADE CAOTICA FOCADA PELO JORNALISMO INVESTIGATIVO

Apesar da visibilidade midiática e da evolução do conceito: desenvolvimento sustentável, a realidade cotidiana demonstra, nos faz ver, perceber, sentir, registrar, que ações, de fato, sustentáveis, são difíceis de comprovar diante realidades diárias sobre a natureza, humana e ambiental, com outras faces, degradadas, violentadas, exploradas. A sustentabilidade existe sim, com muita ênfase, nos discursos, peças publicitárias, propagandas, falas de governo, empresas e ONGs, que souberam, estão sabendo, de forma competente e criativa, se apoderar do termo para surfar na onda do marketing verde vazio. Se dizem que fazem e não estão fazendo, concordo com o colega Andre Trigueiro, “temos obrigação diante do nosso papel de jornalistas, mostrar porque”. É objetivo desse artigo despertar a atenção sobre a forma como a mídia propaga, de forma massiva,  o mais “famoso”  dos novos paradigmas:  a sustentabilidade. Nossa pesquisa é reforçada sobre imagens flagradas por jornalistas, no cotidiano brasileiro, mostrando quão distante anda o discurso, generalizado, da prática, onde o caos na saúde, educação, transportes, moradia atinge forte, a quem mais o governo diz estar dando atenção: classes pobres e médias.

Até onde, como e quando empresas/governos/educadores/cidadãos, estão realmente preocupadas com a preservação da Vida, na Terra? De que maneira surge, ou não, uma consciência interna, pessoal/profissional, de que cada ato pode favorecer ou prejudicar a preservação de recursos naturais vitais, como a água, alimento e ar? Em que nível de informação/formação as pessoas estão para saber que um ato aqui e ali, uma ponta de cigarro a mais, ou a menos, no ambiente, faz diferença sim no processo de condução para preservar a Vida? Qual pode ser o grau de satisfação, ou insatisfação, de cada pessoa/empresa, ao praticar um ato ambiental correto ou degradador? Até quando irá prevalecer a prática do “se todo mundo joga, eu também jogo, sujo, não faz diferença”. E, porque seria necessário reverter essa lógica, perversa? O caos nas emergências dos hospitais, o número diário de mortos por doenças preveníveis; o número de famílias desabrigadas dos inchaços urbanos desordenados, e casas deslizadas em terras frágeis, a cada nova chuva; o número de faculdades surgidas a cada semestre x o número de desempregados/recém-formados, que indicadores desses ai poderia mostrar o Brasil que se diz “sustentável”.  


Monocultura, Commodities e fome interna
n_os_florestal_17295gado%20florestaANd9GcS4UBsZ6iu1eE4z3u332mvP78ERQml1MhkfLArTRQ0lGtZLCyLc

Matriz de produção predatória é paradoxal ao discurso do uso de matriz sustentável

Apesar do apelo ideológico, e do reforço diário do discurso da sustentabilidade, o conceito anda longe de práticas, ações, gestões, comportamentos, que levem sustentabilidade, harmonia, equilíbrio, entre o que, como, e quanto, se produz, na cadeia das atividades econômicas. Nesse contexto, como a Comunicação -  Jornalismo,  Publicidade, Redes Sociais, Listas de discussões, Grupos virtuais, blogs, sites - pode contribuir com informações, transversalizadas, contextualizadas historicosocialmente,  para mostrar por que uma  simples ponta de cigarro aqui, uma garrafa pet ali, uma latinha acolá, um projeto a mais alardeando-se sustentável, sem ser, faz sim,  e muita,  diferença,  na construção de uma nova mentalidade, um novo jeito de pensar, fazer, se comportar, agir ,  mudar o que se mostra como necessário e urgente? 
A Carta da Terra diz que “devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz.  E, que para chegar a esse propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações”. Nesse contexto, imperativo reforçarmos o saber como instrumento de construção, impulsão, para qualquer modelo, paradigma, jeito de viver, que reforce a condição humana como frágil, limitada, diante do poder da Natureza, onde tem facetas, climáticas, por exemplo, que a própria Ciência ainda ignora, desconhece? E, como a vida continua pautada no consumo, seja de idéias, fazeres e experiências, necessário e urgente se faz adotar políticas, práticas, que alimentem a cadeia de suprimentos, onde fornecedores, distribuidores, varejistas  e consumidor final, estejam em harmonia, em sintonia, com as adaptações que o planeta, o ambiente, rural ou urbano, estar a nos exigir, para a garantia da Vida, em suas diversas formas.
gripeCNT_EXT_286510 24Cotidiano mostra desespero de familiares com seus doentes, morrendo, do lado.




Fotos tiradas pela paciente Liliana Peixinho enquanto esteve internada por 2 dias na EMERGENCIA HRSantos -Cabula, Salvador, às 16.57 min de 12.09. 2011, depois de via crucis por diversas unidades públicas, antes da entrada no RS, onde saiu pior do que entrou. Veja cópias de fichas hospitalar, SAMU, Posto Pernambués e por ultimo HRSANTOS de onde saiu, sem alta, por total falta de tudo, inclusive espaço para entrar ou sair gente das ambulâncias. Deu receita porque não tinha remédios de emergência. Paciente falou que iria embora e saiu pior do que entrou. Ainda gastou o que não tinha, com ligações telefônicas e transporte, de volta para casa, no primeiro dia. E de novo, no dia seguinte, para o internamento.
Conteúdo das fichas médicas mostram o descaso de atendentes/enfermeiros/médicos/administração com o paciente/cidadão em emergência médica. Mesmo com a identidade em mãos o nome do paciente é escrito errado, no mesmo campo, em três dos sobrenomes.

       DISCURSO  MARKETEIRO DISTANTE DO CAOS CODIDIANO

No Brasil temos a sensação de que velocidade da máquina, do sistema, não acompanha as contrapartidas necessárias a um modelo de desenvolvimento que traduza, reflita, a garantia de direitos como condição para querer, fazer, acontecer, implantar. A impunidade favorece a letargia e mascara realidades fantasiadas pela propaganda de quem diz que faz, sem fazer, de fato. “ O banco mais sustentável do mundo”. Como um banco, instituição financeira que tem o lucro fácil, rápido e especulativo, como mola propulsora do seu negócio, pode se auto intitular, se auto promover, de auto designar, via propaganda, altamente criativa/sedutora, que é o banco mais sustentável do mundo?. Onde está a lógica dessa informação quando relacionada ao novo paradigma da sustentabilidade como modo de vida harmonioso? Será se o banco divulgaria índices de inadimplência de seus cliente, cheques sem fundos, empréstimos a longuissimos prazos, impagáveis para a maior parte dos brasileiros, pobres, com renda C e sem condição de tratar as doenças sociais geradas entre devedores de banco?
Temos uma falsa impressão sobre o que é alardeado como desenvolvimento quando estamos nas filas de ônibus, corredores dos hospitais, cadeias superlotadas de pobres, índices elevados de analfabetismo funcional, desperdício de alimentos x fome, num mesmo ambiente, estradas esburacadas, escuras, inseguras, em tráfego constante, com altos índices de mortes por atropelamentos, alcoolismo e um sistema de impunidade inaceitável para a tão alardeada Democracia. Como aceitar que se faça parte de uma nova classe média brasileira medida não pelo valor da felicidade, da cidadania, da civilidade, da inclusão, do grau de educação/informação, mas pelo nome/ano do carro, tipos de eletros que se tem em casa? Não pelo que o filho aprendeu na faculdade para melhorar a vida social, no papel que tenha escolhido, mas pelo quanto tempo ele terá que esperar, depois de formado, para entrar no mercado, para ser explorado? Como aceitar um crescimento que atropela, visivelmente, o desenvolvimento? Como entender o discurso político governamental/empresarial que mede o tipo de vida do seu povo, não pelo que ele mostra ter absorvido, entendido e aplicado, do conhecimento acessado/disponibilizado, mas pelo que parece estar a fazer de conta pertencer a um status inventado, criado em cima de valores frágeis, descartáveis, insustentáveis, perversos, criminosos mesmo, e pior, impune e forte, como que inabalável, mas visivelmente erosivo?

CADEIAS DE PRODUÇÃO SUJAS, INSUSTENTÁVEIS.
         
Caminhão de empresa joga dejetos no mangue, polui, mata milhares de toneladas de peixes e deixa comunidades doentes, sem  trabalho e sem assistência médica e trabalho. O Movimento AMA conferiu in loco.
Como se orgulhar de um sistema social montado sob projetos fictícios, inoperantes, de fachadas, planejados por uma política marketeira agressiva e ávida por visibilidade, quando sabemos, comprovamos cotidianamente, como jornalistas investigativos, que as informações não são exatamente o que diz e até se mostra, editada? Porque divulgar, socializar informações cujas estruturas não dão as contrapartidas necessárias ao que se diz que está sendo feito?Informações que, sem a infra necessária ao funcionamento de uma engrenagem que possa planejar o passo a passo, com alicerces profundos no enfretamento de desafios a curto, médio e longo, prazos, comprometem a vida cotidiana presente e futura ? Como fortalecer o altruísmo, a proatividade social de ponta a ponta, na necessária harmonia com o viver bem, se direitos mínimos, como o acesso a boas informações, não chegam a quem precisa, para transformar?
O Brasil recebe criticas externas sobre a falta de infraestrutura em setores básicos da engrenagem econômica que estar a desenhar, projetar mundo afora. São áreas de base, como formação de m/ao de obra especializadas, saúde e saneamento básicos, transporte público de massa que alivie uma malha viária que só aumenta a quantidade de automóveis nas ruas, já inchadas, travadas, estressadas, inseguras. Problemas que estão interdependentes e que por isso precisam de visão estratégica de políticas transversalizadas de fato, não no discurso. Problemas que estão relacionados, intricados a outros, como Segurança, Trabalho, Moradia Educação com o real objetivo de aprendizagem como instrumento de transformação social. Na Habitação, as cidades incham as periferias sem estruturas míninas de saneamento, wresponsável por uma cadeia complexa para a garantia da saúde como sinônimo de Vida, com conforto, segurança e inteligência na hora de construir. No país das matrizes limpas, naturais, estamos ainda na contramão da história mundial, quando vemos países como Alemanha, França e Estados Unidos e outros, querendo acabar com suas usinas nucleares e nós, brasileiros, desperdiçando e acabando com matrizes limpas como água, vento, sol e tudo o que deles resultam para a produção de energias alternativas, alinhadas com o mercado verde, de baixo impacto de carbono.
Divulga-se, propaga-se em discursos um modelo de produção agrícola que valorize e potencialize a agricultura familiar. Na prática esse discurso é paradoxal à realidade quando vemos ações desvinculadas dos grandes créditos do agronegócio, da monocultura de commodities que exporta tudo de bom e esquece-se da população interna, a que produz e cuida das riquezas da nossa cultura. Nas comunidades tradicionais, onde povos como quilombolas e indígenas cuidam da terra, eles plantam e colhem mandioca, por exemplo, mas vendem tudo o que de bom produzem dela e acabam comprando, sendo engolidos mesmo, pela cultura externa do consumo de salgadinhos cheios de corantes e produtos químicos, nocivos à saúde, quando poderiam estar comendo bolos, beijus, biscoitos, mingaus, cuscuz e mais de cem tipos de iguarias feitas a partir dessa rica e diversa planta/raiz chamada mandioca. São paradoxos assim que com certeza travam o desenvolvimento, em nome de um falso e aparente crescimento.


DESCASO COM A MEGA BIODIVERSIDADE -  FOCO ÁGUA
    
Degradação de praias, matas, mangues, rios e mares em áreas de atuação da Petrobrás, uma das maiores empresas anunciantes do mundo. Insustentação  que a publicidade não mostra.
A falta de investimentos, associada a uma cultura de desperdício, mau uso, corrupção, desvios e diversos outros desmandos administrativos, mostram cenários entravados na infraestrutura. Temos por exemplo, os cinco modais: rodoviário, aeroportuário, aquaviário, portuário e dutoviário, com problemas onde uma ponta dessa não engrenagem pode ser percebida com o número de acidentes provocados em todo o Brasil por falta de manutenção e segurança nas estradas, congestionadas de carros, carretas, caminhões, noite e dia, de norte a sul do Brasil. Problemas que afetam a mobilidade urbana e rural e toda uma dinâmica associada para cumprir prazos de entrega de mercadorias, combate ao desperdício, diminuição de gargalos logísticos que impedem o desenvolvimento sustentável no Brasil. Há problemas constantes no aeroportos, faltam linhas aéreas, contêineres, frequência de navios na navegação de cabotagem, vagões ferroviários, terminais marítimos, hidroviários e ferroviários, e conhecimento logístico, com gastos nos deslocamentos da produção, desperdício e perdas  por danos e  avarias nos transportes, além de dificuldades no uso da intermodalidade e da multimodalidade. A malha ferroviária existente ainda do século passado, com locomotivas de 25 anos a 25 km/hora, sofre das falhas no processo da privatização. Grandes obras ferroviárias estão com atrasos históricos nos cronogramas, inviabilizando sistemas mais eficientes, seguros e de baixo custo. Com os problemas de transportes existentes, o Brasil acaba desperdiçando bilhões de reais, são acidentes nas estradas em pontos conhecidos, roubos de carga, ineficiências operacionais e energéticas. Problemas de atraso de investimentos nas obras do Metrô e VLT- Veículos Leves sobre Trilhos, intensificam um modelo perverso de mobilidade ou falta dela, nos centros urbanos congestionados, parados, estressados, violentos, gerados pela dificuldade de deslocamento das pessoas. Transporte coletivo  urbano de massa, com segurança e qualidade, não foi prioridade nesse modelo econômico. O acesso o sonho de ter um carro, até antes de uma casa, transformou o veiculo no grande vilão urbano, poluidor do ar,  arma de matar gente e um dos principais problemas para de  saúde  pública, através dos altos índices de acidentes.
Transporte de massa caótico, desumano, insustentável
congestionamento2destaque1Manifestacao%20de%20ciclistas%20150x150                              
O impacto desse sistema é perverso, criminoso, antigo e não inteligente, quando não acompanha o desenvolvimento de um parque tecnológico à disposição no mercado que enfrenta a resistência de empresários que ainda calculam mal a relação entre custos e benefícios, com visão de longo prazo e alcance social. Práticas que deveriam ser substituídas para a construção de uma Economia Circular, de matrizes limpas, harmoniosas entre o lucro, bem estar, justiça, cidadania, inclusão. Apesar de diversos diagnósticos negativos sobre os problemas gerados pela falta de investimentos e eficiência na aplicação de recursos para a infraestrutura, o Brasil ainda não investe e muito menos, fiscaliza, o que é investido para o funcionamento de cadeias produtivas. No passado, a origem foi a crise fiscal e baixo crescimento da economia. Qual a justificativa hoje? Pra que melhor resposta a eleitores não exigentes do que as propagandas, volumosas, que governo e empresas veiculam, todos os dias, o dia todo, nas diversas, rápidas e caras, mídias ávidas por contas, em suas agencias ?
Transporte de cargas ineficiente, sucateado.
0,,2879188_1,00     botucatu04       fila-caminhoes      Perdas, sucateamento, demora no escoamento da produção coloca o Brasil como o país que mais desperdiça, no mundo. Desconexão entre o que e como trabalha para sustentar seu povo, trabalhador.
Nesse cenário é paradoxal informações sobre diminuição de pobreza, ascensão da classe C ao mercado de consumo, crescimento da renda, expansão de fronteiras econômicas através de commodities, onde o Brasil exporta matéria prima que depois é reintroduzida no mercado interno através da massiva comercialização de produtos chineses, onde a qualidade é duvidosa e tem matriz de produção com histórico de exploração de mão de obra e impacto socioambiental, com gargalos logísticos complicados. È esse  modelo, que exporta commodies como soja, aço, petróleo,  e importa “lixo em forma de plástico,  comidas artificiais, e milhares de produtos, inúteis,  da chamada cultura do 1,99? Seria sustentável, em que, essa prática de economia que leva o melhor, e barato, e compra o pior, e caro? Onde está o “sustentável”, tão propalado?
begod%C3%A3odescaso%2Bfavelah2o-2

Como continuar um modelo onde a dignidade humana é jogada fora, todos os dias, quando não há planejamento para as gerações. Moradia é só um, dos direitos básicos. desrespeitados.
A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 aparecem, agora, como grandes marcos históricos para a mudança dessa política em infraestrutura. O cenário de mal uso, corrupção, favorecimentos, e mesmo falta de planejamento e até, exploração de mão de obra e falta de garantia de direitos mínimos para trabalhadores em greve, como os das obras do novo Maracanã, no Rio de Janeiro, sinalizam que problemas históricos ainda estão longe de soluções civilizadas. Especialistas reforçam a tese de que mesmo na ausência desses dois grandes eventos, o Brasil precisaria investir bilhões de reais apenas para atender ao atual ritmo de crescimento da economia e dos investimentos.
Como sétima economia mundial e entre os 20 maiores exportadores mundiais o Brasil parece não olhar para dentro, para o seu povo, para problemas que não combinam com esse perfil falsamente alardeado lá fora. As dificuldades encontradas para o desenvolvimento sustentável estão relacionadas, travadas, a modelos de crescimento à qualquer custo, com entraves internos que se repetem, sem solução, burocracia excessiva, tecnologias de alto carbono, educação de faz de conta, má formação de mão de obra, carencia de técnicos, engenheiros, médicos professores e outros profissionais capazes de criar inovação e  agregar valores a produtos e serviços na formação de cadeias produtivas harmoniosas, limpas, sustentáveis, de fato.
20080821piaui_intCRIAN%C3%87AS+EM+TRABALHO+ESCRAVOescravos-no-brasilprostitutaDesde os anos 90, inicio do  ECA, que o Brasil  intensificou as alianças com instituições internacionais para combate ao trabalho escravo e a realidade não muda, até piora em alguns lugares do norte/nordeste. Como são gastos os volumosos recursos? Porque as crianças continuam trabalhando? O nó social, desestruturação familiar, continua fora da pauta da sustentabilidade?




lixo praia porto santo 
                                                    Mangue e lixo -Praia Porto Santos –
                                                    Ilha de Itaparica- Bahia- Nordeste- Brasil
poluicao mangues Porto Santo 

lixo sob  placa educativa Ambiente sagrado, com lixo no mato


000078
Raízes históricas dizimadas - Floresta no chao



DEGRADACAO MANGUES LIXO TOXICOContaminação industrial Mangue - Rio Potengi Rio Grande do Norte - Nordeste - Brasil
Fotos denuncia mangue acidente crime Rio Potengi 072
Dejetos químicos industrias no Mangue- Rio Potengi
Rio Grande do Norte – Nordeste - Brasil


image063
Trabalho infantil escravo


image057
Moradia sem direitos a harmonia familiar


image012
Saúde comprometida – Emergências sempre superlotadas

image013


image045Sistema de transporte de massa caótico. Horas e horas entre a casa e atividades nas ruas !



 As demandas reprimidas sao historicas, assim como o descaso politico empresarial em colocor em pratica o que pesquisadores, profissionais em campo,  sinalizam como necessario e urgente. Podemos mostrar aqui algumas dessas sinalizacoes, resultados de trabalhos comprometidos com a agenda em foco. Vejamos, entao”…


…“ Por meio dessa troca de experiências, foi possível            levantar as principais demandas para que as empresas possam se comunicar de forma efetiva e produtiva com seus principais stakeholders – funcionários, mídia, acionistas, fornecedores e prestadores de serviço, além de instituições governamentais e da sociedade civil.
Inspirados em modelos semelhantes desenvolvidos pelo WBCSD em diferentes países, os membros da Câmara Temática de Comunicação e Educação souberam adaptar, com extremo senso profissional, a abordagem do guia para a realidade brasileira. O conteúdo deste projeto editorial inédito no país está apoiado em três pilares: comunicação da sustentabilidade, comunicação para a sustentabilidade e sustentabilidade da comunicação.
… fugir do perigoso e inconsistente caminho do chamado greenwashing e como imprimir um sistema de comunicação corporativa baseado na transparência e na divulgação de resultados, dentro e fora das empresas”
. … princípio de que só devemos divulgar aquilo que podemos comprovar e manter a preocupação permanente de reportamos o que fazemos de bom para não perdermos a oportunidade de induzir a replicabilidade.
…. em vez de omitir erros, devemos aprender a utilizá-los com sabedoria para não deixar escapar a chance de debatê-los e corrigi-los’.


PARADOXO ENTRE O DISCURSO MIDIATICO “ SUSTENTAVEL” E A REALIDADE CAOTICA FOCADA PELO JORNALISMO INVESTIGATIVO

Apesar da visibilidade midiática e da evolução do conceito: desenvolvimento sustentável, a realidade cotidiana demonstra, nos faz ver, perceber, sentir, registrar, que ações, de fato, sustentáveis, são difíceis de comprovar diante realidades diárias sobre a natureza, humana e ambiental, com outras faces, degradadas, violentadas, exploradas. A sustentabilidade existe sim, com muita ênfase, nos discursos, peças publicitárias, propagandas, falas de governo, empresas e ONGs, que souberam, estão sabendo, de forma competente e criativa, se apoderar do termo para surfar na onda do marketing verde vazio. Se dizem que fazem e não estão fazendo, concordo com o colega Andre Trigueiro, “temos obrigação diante do nosso papel de jornalistas, mostrar porque”. É objetivo desse artigo despertar a atenção sobre a forma como a mídia propaga, de forma massiva,  o mais “famoso”  dos novos paradigmas:  a sustentabilidade. Nossa pesquisa é reforçada sobre imagens flagradas por jornalistas, no cotidiano brasileiro, mostrando quão distante anda o discurso, generalizado, da prática, onde o caos na saúde, educação, transportes, moradia atinge forte, a quem mais o governo diz estar dando atenção: classes pobres e médias.

Até onde, como e quando empresas/governos/educadores/cidadãos, estão realmente preocupadas com a preservação da Vida, na Terra? De que maneira surge, ou não, uma consciência interna, pessoal/profissional, de que cada ato pode favorecer ou prejudicar a preservação de recursos naturais vitais, como a água, alimento e ar? Em que nível de informação/formação as pessoas estão para saber que um ato aqui e ali, uma ponta de cigarro a mais, ou a menos, no ambiente, faz diferença sim no processo de condução para preservar a Vida? Qual pode ser o grau de satisfação, ou insatisfação, de cada pessoa/empresa, ao praticar um ato ambiental correto ou degradador? Até quando irá prevalecer a prática do “se todo mundo joga, eu também jogo, sujo, não faz diferença”. E, porque seria necessário reverter essa lógica, perversa? O caos nas emergências dos hospitais, o número diário de mortos por doenças preveníveis; o número de famílias desabrigadas dos inchaços urbanos desordenados, e casas deslizadas em terras frágeis, a cada nova chuva; o número de faculdades surgidas a cada semestre x o número de desempregados/recém-formados, que indicadores desses ai poderia mostrar o Brasil que se diz “sustentável”.  


Monocultura, Commodities e fome interna
n_os_florestal_17295gado%20florestaANd9GcS4UBsZ6iu1eE4z3u332mvP78ERQml1MhkfLArTRQ0lGtZLCyLc

Matriz de produção predatória é paradoxal ao discurso do uso de matriz sustentável

Apesar do apelo ideológico, e do reforço diário do discurso da sustentabilidade, o conceito anda longe de práticas, ações, gestões, comportamentos, que levem sustentabilidade, harmonia, equilíbrio, entre o que, como, e quanto, se produz, na cadeia das atividades econômicas. Nesse contexto, como a Comunicação -  Jornalismo,  Publicidade, Redes Sociais, Listas de discussões, Grupos virtuais, blogs, sites - pode contribuir com informações, transversalizadas, contextualizadas historicosocialmente,  para mostrar por que uma  simples ponta de cigarro aqui, uma garrafa pet ali, uma latinha acolá, um projeto a mais alardeando-se sustentável, sem ser, faz sim,  e muita,  diferença,  na construção de uma nova mentalidade, um novo jeito de pensar, fazer, se comportar, agir ,  mudar o que se mostra como necessário e urgente? 
A Carta da Terra diz que “devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz.  E, que para chegar a esse propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações”. Nesse contexto, imperativo reforçarmos o saber como instrumento de construção, impulsão, para qualquer modelo, paradigma, jeito de viver, que reforce a condição humana como frágil, limitada, diante do poder da Natureza, onde tem facetas, climáticas, por exemplo, que a própria Ciência ainda ignora, desconhece? E, como a vida continua pautada no consumo, seja de idéias, fazeres e experiências, necessário e urgente se faz adotar políticas, práticas, que alimentem a cadeia de suprimentos, onde fornecedores, distribuidores, varejistas  e consumidor final, estejam em harmonia, em sintonia, com as adaptações que o planeta, o ambiente, rural ou urbano, estar a nos exigir, para a garantia da Vida, em suas diversas formas.
gripeCNT_EXT_286510 24Cotidiano mostra desespero de familiares com seus doentes, morrendo, do lado.




Fotos tiradas pela paciente Liliana Peixinho enquanto esteve internada por 2 dias na EMERGENCIA HRSantos -Cabula, Salvador, às 16.57 min de 12.09. 2011, depois de via crucis por diversas unidades públicas, antes da entrada no RS, onde saiu pior do que entrou. Veja cópias de fichas hospitalar, SAMU, Posto Pernambués e por ultimo HRSANTOS de onde saiu, sem alta, por total falta de tudo, inclusive espaço para entrar ou sair gente das ambulâncias. Deu receita porque não tinha remédios de emergência. Paciente falou que iria embora e saiu pior do que entrou. Ainda gastou o que não tinha, com ligações telefônicas e transporte, de volta para casa, no primeiro dia. E de novo, no dia seguinte, para o internamento.
Conteúdo das fichas médicas mostram o descaso de atendentes/enfermeiros/médicos/administração com o paciente/cidadão em emergência médica. Mesmo com a identidade em mãos o nome do paciente é escrito errado, no mesmo campo, em três dos sobrenomes.

       DISCURSO  MARKETEIRO DISTANTE DO CAOS CODIDIANO

No Brasil temos a sensação de que velocidade da máquina, do sistema, não acompanha as contrapartidas necessárias a um modelo de desenvolvimento que traduza, reflita, a garantia de direitos como condição para querer, fazer, acontecer, implantar. A impunidade favorece a letargia e mascara realidades fantasiadas pela propaganda de quem diz que faz, sem fazer, de fato. “ O banco mais sustentável do mundo”. Como um banco, instituição financeira que tem o lucro fácil, rápido e especulativo, como mola propulsora do seu negócio, pode se auto intitular, se auto promover, de auto designar, via propaganda, altamente criativa/sedutora, que é o banco mais sustentável do mundo?. Onde está a lógica dessa informação quando relacionada ao novo paradigma da sustentabilidade como modo de vida harmonioso? Será se o banco divulgaria índices de inadimplência de seus cliente, cheques sem fundos, empréstimos a longuissimos prazos, impagáveis para a maior parte dos brasileiros, pobres, com renda C e sem condição de tratar as doenças sociais geradas entre devedores de banco?
Temos uma falsa impressão sobre o que é alardeado como desenvolvimento quando estamos nas filas de ônibus, corredores dos hospitais, cadeias superlotadas de pobres, índices elevados de analfabetismo funcional, desperdício de alimentos x fome, num mesmo ambiente, estradas esburacadas, escuras, inseguras, em tráfego constante, com altos índices de mortes por atropelamentos, alcoolismo e um sistema de impunidade inaceitável para a tão alardeada Democracia. Como aceitar que se faça parte de uma nova classe média brasileira medida não pelo valor da felicidade, da cidadania, da civilidade, da inclusão, do grau de educação/informação, mas pelo nome/ano do carro, tipos de eletros que se tem em casa? Não pelo que o filho aprendeu na faculdade para melhorar a vida social, no papel que tenha escolhido, mas pelo quanto tempo ele terá que esperar, depois de formado, para entrar no mercado, para ser explorado? Como aceitar um crescimento que atropela, visivelmente, o desenvolvimento? Como entender o discurso político governamental/empresarial que mede o tipo de vida do seu povo, não pelo que ele mostra ter absorvido, entendido e aplicado, do conhecimento acessado/disponibilizado, mas pelo que parece estar a fazer de conta pertencer a um status inventado, criado em cima de valores frágeis, descartáveis, insustentáveis, perversos, criminosos mesmo, e pior, impune e forte, como que inabalável, mas visivelmente erosivo?

CADEIAS DE PRODUÇÃO SUJAS, INSUSTENTÁVEIS.
         
Caminhão de empresa joga dejetos no mangue, polui, mata milhares de toneladas de peixes e deixa comunidades doentes, sem  trabalho e sem assistência médica e trabalho. O Movimento AMA conferiu in loco.
Como se orgulhar de um sistema social montado sob projetos fictícios, inoperantes, de fachadas, planejados por uma política marketeira agressiva e ávida por visibilidade, quando sabemos, comprovamos cotidianamente, como jornalistas investigativos, que as informações não são exatamente o que diz e até se mostra, editada? Porque divulgar, socializar informações cujas estruturas não dão as contrapartidas necessárias ao que se diz que está sendo feito?Informações que, sem a infra necessária ao funcionamento de uma engrenagem que possa planejar o passo a passo, com alicerces profundos no enfretamento de desafios a curto, médio e longo, prazos, comprometem a vida cotidiana presente e futura ? Como fortalecer o altruísmo, a proatividade social de ponta a ponta, na necessária harmonia com o viver bem, se direitos mínimos, como o acesso a boas informações, não chegam a quem precisa, para transformar?
O Brasil recebe criticas externas sobre a falta de infraestrutura em setores básicos da engrenagem econômica que estar a desenhar, projetar mundo afora. São áreas de base, como formação de m/ao de obra especializadas, saúde e saneamento básicos, transporte público de massa que alivie uma malha viária que só aumenta a quantidade de automóveis nas ruas, já inchadas, travadas, estressadas, inseguras. Problemas que estão interdependentes e que por isso precisam de visão estratégica de políticas transversalizadas de fato, não no discurso. Problemas que estão relacionados, intricados a outros, como Segurança, Trabalho, Moradia Educação com o real objetivo de aprendizagem como instrumento de transformação social. Na Habitação, as cidades incham as periferias sem estruturas míninas de saneamento, wresponsável por uma cadeia complexa para a garantia da saúde como sinônimo de Vida, com conforto, segurança e inteligência na hora de construir. No país das matrizes limpas, naturais, estamos ainda na contramão da história mundial, quando vemos países como Alemanha, França e Estados Unidos e outros, querendo acabar com suas usinas nucleares e nós, brasileiros, desperdiçando e acabando com matrizes limpas como água, vento, sol e tudo o que deles resultam para a produção de energias alternativas, alinhadas com o mercado verde, de baixo impacto de carbono.
Divulga-se, propaga-se em discursos um modelo de produção agrícola que valorize e potencialize a agricultura familiar. Na prática esse discurso é paradoxal à realidade quando vemos ações desvinculadas dos grandes créditos do agronegócio, da monocultura de commodities que exporta tudo de bom e esquece-se da população interna, a que produz e cuida das riquezas da nossa cultura. Nas comunidades tradicionais, onde povos como quilombolas e indígenas cuidam da terra, eles plantam e colhem mandioca, por exemplo, mas vendem tudo o que de bom produzem dela e acabam comprando, sendo engolidos mesmo, pela cultura externa do consumo de salgadinhos cheios de corantes e produtos químicos, nocivos à saúde, quando poderiam estar comendo bolos, beijus, biscoitos, mingaus, cuscuz e mais de cem tipos de iguarias feitas a partir dessa rica e diversa planta/raiz chamada mandioca. São paradoxos assim que com certeza travam o desenvolvimento, em nome de um falso e aparente crescimento.


DESCASO COM A MEGA BIODIVERSIDADE -  FOCO ÁGUA
    
Degradação de praias, matas, mangues, rios e mares em áreas de atuação da Petrobrás, uma das maiores empresas anunciantes do mundo. Insustentação  que a publicidade não mostra.
A falta de investimentos, associada a uma cultura de desperdício, mau uso, corrupção, desvios e diversos outros desmandos administrativos, mostram cenários entravados na infraestrutura. Temos por exemplo, os cinco modais: rodoviário, aeroportuário, aquaviário, portuário e dutoviário, com problemas onde uma ponta dessa não engrenagem pode ser percebida com o número de acidentes provocados em todo o Brasil por falta de manutenção e segurança nas estradas, congestionadas de carros, carretas, caminhões, noite e dia, de norte a sul do Brasil. Problemas que afetam a mobilidade urbana e rural e toda uma dinâmica associada para cumprir prazos de entrega de mercadorias, combate ao desperdício, diminuição de gargalos logísticos que impedem o desenvolvimento sustentável no Brasil. Há problemas constantes no aeroportos, faltam linhas aéreas, contêineres, frequência de navios na navegação de cabotagem, vagões ferroviários, terminais marítimos, hidroviários e ferroviários, e conhecimento logístico, com gastos nos deslocamentos da produção, desperdício e perdas  por danos e  avarias nos transportes, além de dificuldades no uso da intermodalidade e da multimodalidade. A malha ferroviária existente ainda do século passado, com locomotivas de 25 anos a 25 km/hora, sofre das falhas no processo da privatização. Grandes obras ferroviárias estão com atrasos históricos nos cronogramas, inviabilizando sistemas mais eficientes, seguros e de baixo custo. Com os problemas de transportes existentes, o Brasil acaba desperdiçando bilhões de reais, são acidentes nas estradas em pontos conhecidos, roubos de carga, ineficiências operacionais e energéticas. Problemas de atraso de investimentos nas obras do Metrô e VLT- Veículos Leves sobre Trilhos, intensificam um modelo perverso de mobilidade ou falta dela, nos centros urbanos congestionados, parados, estressados, violentos, gerados pela dificuldade de deslocamento das pessoas. Transporte coletivo  urbano de massa, com segurança e qualidade, não foi prioridade nesse modelo econômico. O acesso o sonho de ter um carro, até antes de uma casa, transformou o veiculo no grande vilão urbano, poluidor do ar,  arma de matar gente e um dos principais problemas para de  saúde  pública, através dos altos índices de acidentes.
Transporte de massa caótico, desumano, insustentável
congestionamento2destaque1Manifestacao%20de%20ciclistas%20150x150                              
O impacto desse sistema é perverso, criminoso, antigo e não inteligente, quando não acompanha o desenvolvimento de um parque tecnológico à disposição no mercado que enfrenta a resistência de empresários que ainda calculam mal a relação entre custos e benefícios, com visão de longo prazo e alcance social. Práticas que deveriam ser substituídas para a construção de uma Economia Circular, de matrizes limpas, harmoniosas entre o lucro, bem estar, justiça, cidadania, inclusão. Apesar de diversos diagnósticos negativos sobre os problemas gerados pela falta de investimentos e eficiência na aplicação de recursos para a infraestrutura, o Brasil ainda não investe e muito menos, fiscaliza, o que é investido para o funcionamento de cadeias produtivas. No passado, a origem foi a crise fiscal e baixo crescimento da economia. Qual a justificativa hoje? Pra que melhor resposta a eleitores não exigentes do que as propagandas, volumosas, que governo e empresas veiculam, todos os dias, o dia todo, nas diversas, rápidas e caras, mídias ávidas por contas, em suas agencias ?
Transporte de cargas ineficiente, sucateado.
0,,2879188_1,00     botucatu04       fila-caminhoes      Perdas, sucateamento, demora no escoamento da produção coloca o Brasil como o país que mais desperdiça, no mundo. Desconexão entre o que e como trabalha para sustentar seu povo, trabalhador.
Nesse cenário é paradoxal informações sobre diminuição de pobreza, ascensão da classe C ao mercado de consumo, crescimento da renda, expansão de fronteiras econômicas através de commodities, onde o Brasil exporta matéria prima que depois é reintroduzida no mercado interno através da massiva comercialização de produtos chineses, onde a qualidade é duvidosa e tem matriz de produção com histórico de exploração de mão de obra e impacto socioambiental, com gargalos logísticos complicados. È esse  modelo, que exporta commodies como soja, aço, petróleo,  e importa “lixo em forma de plástico,  comidas artificiais, e milhares de produtos, inúteis,  da chamada cultura do 1,99? Seria sustentável, em que, essa prática de economia que leva o melhor, e barato, e compra o pior, e caro? Onde está o “sustentável”, tão propalado?
begod%C3%A3odescaso%2Bfavelah2o-2

Como continuar um modelo onde a dignidade humana é jogada fora, todos os dias, quando não há planejamento para as gerações. Moradia é só um, dos direitos básicos. desrespeitados.
A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 aparecem, agora, como grandes marcos históricos para a mudança dessa política em infraestrutura. O cenário de mal uso, corrupção, favorecimentos, e mesmo falta de planejamento e até, exploração de mão de obra e falta de garantia de direitos mínimos para trabalhadores em greve, como os das obras do novo Maracanã, no Rio de Janeiro, sinalizam que problemas históricos ainda estão longe de soluções civilizadas. Especialistas reforçam a tese de que mesmo na ausência desses dois grandes eventos, o Brasil precisaria investir bilhões de reais apenas para atender ao atual ritmo de crescimento da economia e dos investimentos.
Como sétima economia mundial e entre os 20 maiores exportadores mundiais o Brasil parece não olhar para dentro, para o seu povo, para problemas que não combinam com esse perfil falsamente alardeado lá fora. As dificuldades encontradas para o desenvolvimento sustentável estão relacionadas, travadas, a modelos de crescimento à qualquer custo, com entraves internos que se repetem, sem solução, burocracia excessiva, tecnologias de alto carbono, educação de faz de conta, má formação de mão de obra, carencia de técnicos, engenheiros, médicos professores e outros profissionais capazes de criar inovação e  agregar valores a produtos e serviços na formação de cadeias produtivas harmoniosas, limpas, sustentáveis, de fato.
20080821piaui_intCRIAN%C3%87AS+EM+TRABALHO+ESCRAVOescravos-no-brasilprostitutaDesde os anos 90, inicio do  ECA, que o Brasil  intensificou as alianças com instituições internacionais para combate ao trabalho escravo e a realidade não muda, até piora em alguns lugares do norte/nordeste. Como são gastos os volumosos recursos? Porque as crianças continuam trabalhando? O nó social, desestruturação familiar, continua fora da pauta da sustentabilidade?

A Etica e o Caos


A TARDE 25/11/2000 - Opinião
Artigo
A ética e o caos
Liliana Peixinho *


Definida como regras de conduta, de comportamento, para o equilíbrio nos relacionamentos entre as pessoas, a ética passa por séria crise em todo o mundo. Seja no ambiente de trabalho, nas relações pessoais, sociais ou até mesmo entre familiares, os interesses de cada um estão dando lugar aos interesses coletivos.Como o respeito ao outro é base para a aplicação da ética e as pessoas estão,cada dia mais, preocupadas com si mesmas, em defender os seus interesses, os conflitos daí decorrentes têm gerado crises sociais inconsoláveis.


A origem desse desequilíbrio social pode ser encontrada no grande número de informações que são jogadas diariamente pelos meios de comunicação de massa,muitos deles especialistas em sensacionalizar notícias, em alardear ou difundir informações, para um público ainda despreparado para filtrá-las, absorvê-las ou subvertê-las em nome do bem comum. No Brasil neoliberal, a falta de ética estápresente em todos os setores da sociedade organizada. Na TV, por exemplo, éalarmante a quantidade de filmes que não têm compromisso com a formação da cidadania, com uma educação direcionada à formação do homem, como sujeito de direitos e deveres.

Nas empresas, funcionários brigam entre si, competindo por lugares cada vez mais altos, nos cargos das empresas, desconsiderando valores que não sejam o capital. Na política, um parlamentar ou candidato massacra ooutro, na guerra entre partidos, que, no geral, defendem interesses específicos e muito imediatos, sem metas determinadas para a construção de um futuro melhor.O cinismo, a cultura do lobby, dos privilégios, do apadrinhamento, é regra. E,quem luta contra isso, exceção rara. Ser político virou sinônimo de saber driblar, enganar, ter jogo de cintura para deixar rolar as solicitações, as necessidades da populações, sem perder a credibilidade do eleitor. 


Aqueles que têm controle emocional e mostram-se diplomatas e racionais, então, são verdadeiros atores, com direito a idolatrias dos ignorantes. E no futebol, até no futebol, onde antes se tinha muito prazer e alegria em torcer por um time, a crise é feia, e o interesse dos dirigentes de clubes é capitalizar estrelas,independentemente do brilho próprio de cada jogador. Mais do que futebol-arte, o que interessa é a acumulação de riquezas materiais, através de negociações escusas, com cumplicidade dos próprios jogadores. O último episódio nacional,envolvendo um, então, dirigente da Seleção Brasileira, deixou o país indignado e desesperançoso com o futuro do que antes era um dos nossos grandes orgulhos. 


Entre os amigos, colegas da escola, da rua, em tempos não muito distantes, se brincava e contava histórias ricas para o aprendizado da vida, a realidade atual é de muita discórdia, e, entre discussões, brigas e defesas de interessespróprios, uns e outros perdem vidas, no afã da guerra que estão envolvidos,inconscientes e prematuramente. Na própria família, a crise doméstica, com pais separados, faz surgir pessoas que, com problemas psicológicos graves, acabam desmantelando, dissolvendo, ainda mais, o pouco que restou da família anterior. 


Diante deste quadro, o que fazer? Como recomeçar o resgate do equilíbrio, do respeito ao outro, do sonho pela igualdade? O desafio está sendo lançado às novas gerações, aos filhos de um mundo carregado de injustiça, sedento de solidariedade e carente de amor incondicional, infindo. Alunos de um colégioparticular de Salvador me entrevistaram para um trabalho escolar sobre a importância da ética no cotidiano de cada um. Acho que essa vontade em querer saber, pesquisar, querer entender o ambiente onde estes alunos estão envolvidos já é uma contribuição de uma nova geração para identificar problemas que demandaram a atual crise ética. É também uma esperança para podermos ter orgulho, em breve, de que o Brasil pode caminhar para a construção da suahistória com dignidade, bravura e orgulho.


* Liliana Peixinho é jornalista e ativista socioambiental Fundadora da RAMA- Rede de Articulacao e Mobilizazao em Comunicacao Ambiental e do Movimento AMA - Amigos do Meio Ambiente
Facebook  Liliana Peixinho

sábado, 8 de outubro de 2011

MARKETING VERDE X REALIDADE INSUSTENTAVEL


De que maneira a Comunicação pode contribuir, ou não, com a sustentabilidade? A informação veiculada e acessada, filtrada, pode ajudar na mudança de comportamento? Como isso pode acontecer, de fato? Se formos verificar o volume de investimentos que governo e empresas realizam, para propagar programas e produtos, podemos supor que  as contrapartidas em visibilidade, credibilidade e por conseqüência, consumo, apresentam retornos que satisfazem bem os interesses de uma das partes da cadeia, os investidores. Mas, e o consumidor, esta satisfeito? E a matriz de produção, tem sido preservada, cuidada?

É objetivo desse artigo despertar a atenção sobre forma, velocidade, conteúdos e resultados de comportamentos construídos pela mídia, através da propagação massiva de conteúdos, sob o olhar da sustentabilidade. Essa pesquisa é reforçada por depoimentos de especialistas e jornalistas sobre o cotidiano brasileiro, mostrando quão distante anda o discurso, generalizado, da prática. Onde a garantia da Vida se revela frágil quando observamos o caos em setores importantes como saúde, educação, transportes, moradia, emprego. Problemas sentidos de perto por quem mais o governo diz estar dando atenção: as classes média e pobre.

Entre especialistas em comunicação circula informações sobre a velocidade da propagação do conceito sustentabilidade e a necessidade de entender melhor o sentido profundo da expressão, usada massivamente sem a devida interseção harmônica nas escalas de produção. Mais do que significado, uma frase vale por seu efeito estético, moderno, linkado com uma realidade que insiste resistir aos desafios de mudanças de comportamento para a sustentação de sistemas fragilizados pela ganância, lucro fácil e rápido, desperdício de tempo e recursos, em nome de uma Vida frágil e ignorada.

Apesar do apelo ideológico difundido massivamente, com reforço diário do discurso da sustentabilidade, o conceito parece estar distante de práticas, ações, gestões, comportamentos, que levem equilibrio, harmonia, entre o que, como, e quanto se produz, na cadeia das atividades econômicas. Nesse contexto, como a Comunicação, o jornalismo, a publicidade, as redes sociais, as listas de discussões, os grupos virtuais, blogs, sites, entre outros, podem contribuir com informações, transversalizadas, contextualizadas historicosocialmente, para a construção de uma nova mentalidade, um novo jeito de pensar, fazer, se comportar, agir, mudar, no que tem se mostrado, demandado, como necessário e urgente? 

De um lado vemos que os avanços da Ciência no prolongamento da Vida humana estão desconectados com a mesma fragilidade que essa vida se mostra em ambientes criminosamente impactados por essa mesma ação humana. Esse paradoxo entre as descobertas científicas e a preservação da Vida, num planeta que ainda estamos a conhecer, parece desconsiderar o tempo como o grande protagonista da História, que é determinada por ele. O homem pode viver 100, 110 ou mais, ao mesmo tempo e no mesmo lugar, crianças que nascem, agora, não garantem o início da vida por falta de direitos simples, como poder dar o primeiro suspiro numa maternidade com as mínimas condições profiláticas para isso. 

Estamos bombardeados de propagandas sobre produtos que causam obesidade, problemas cardíacos, diabetes, câncer e um sem número de doenças, diretas ou indiretamente relacionadas ao que consumimos. E não temos proteção para atendimentos médico, psicológico ou jurídico, necessários, decorrentes de comportamento construídos por uma mídia que parece focar apenas na sedução para a compra, desconectada com os resultados gerados pelo comportamento que a mensagem produziu no espectador, leitor, internauta, ouvinte, dentro ou fora de casa.    

A televisão, por exemplo, entrou no mercado, nas lares, com  força e poder para ditar comportamentos desproporcionais ao poder aquisitivo dessas famílias que se sentam, absortas, em frente a telinha. Vemos agora esse poder sendo dividido, compartilhado, distribuído para as redes sociais, onde esse mesmo poder da mídia veio ainda com mais força, com velocidade ainda maior, para transpor o tempo, agora imediato, real.  A mesma competência que esteia o discurso da mídia verde vazia deve ser buscada com a inteligência exigida pela urgência que estar a querer a Vida, harmoniosa e sem pressa, como dever  e merecemos ser.

Essa mídia apressada em estimular o consumo pelo consumo vem empurrando a Vida para uma correria para comprar carro para ficar preso em engarrafamentos, nas rodovias e centros urbanos. Acordar cedo para trabalhar fora de casa para pagar uma babá que também deixou o filho em casa para ir trabalhar, alimentando cadeias de vida insustentáveis. Se formos analisar o ciclo perverso sobre o trabalho das mães babás dos filhos dos outros, por exemplo, o custo social desse comportamento pode ser exemplo de diversos outros ciclos de via crucis da vida.

E dever da Comunicação estar atenta as condições  sociais para garantia da Vida? Se for e sabemos que é, então não podemos fazer de conta que não vemos empresas propagando-se sustentável, sem ser, pois ao usar trabalho escravo, impactar o ambiente e não ter compromisso em cuidar, preservar, garantir condições para futuras gerações, não é sustentável. E, como disse o colega Andre Trigueiro, nós jornalistas, temos obrigação em dizer e mostrar porque projetos ditos sustentáveis, não o são, de fato. Claro que isso dá trabalho, precisa de investigação, coragem, e uma dose de ética que o mercado publicitário, e mesmo jornalístico, não parece estar interessado, em sua maior parte. Ter jornalistas que façam essa diferença nas redações e agora, nos blogs e mídias sociais, parece ser o caminho para aqueles que querem e acreditam no fazer como compromisso de mudanças.

Apesar da visibilidade midiática e da evolução do conceito: desenvolvimento sustentável, a realidade cotidiana demonstra, nos faz ver, perceber, sentir, registrar, que ações, de fato, sustentáveis, são difíceis de comprovar diante de realidades diárias sobre a natureza humana e ambiental. Essas faces do ambiente estão degradadas, violentadas, exploradas, impactadas. A sustentabilidade tem sido ênfase dos discursos, peças publicitárias, propagandas, falas de governo, empresas e ONGs. De forma competente e criativa percebemos o apoderamento do termo para surfar na onda do marketing verde vazio.

Quando alguém, um governante, um empresário, um representante de um instituto, ONGs, associação, diz que faz um programa dessa ou daquela maneira e não o faz,  de fato, como anuncia, qual deve ser o comportamento da mídia?. O corporativismo, com certeza, é outro elemento dificultador. O medo de perder emprego, contrariar interesses, mais forte ainda. O compromisso com os efeitos da informação não parece ser prioridade na agenda, nem mesmo nos compromisso da academia.

A Carta da Terra diz que “devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. E, que para chegar a esse propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações”. Nesse contexto, é imperativo reforçarmos o saber como instrumento de construção, impulsão, para qualquer modelo, jeito de viver, que reforce a condição humana como frágil, limitada, diante do poder da Natureza, cujas facetas, climáticas, por exemplo, a própria Ciência ainda ignora, desconhece?

E, como a vida continua pautada no consumo, seja de idéias, fazeres e experiências, necessário e sensato, parece ser, adotar políticas, práticas, comportamentos, que alimentem a construção de cadeias de suprimentos onde, fornecedores, distribuidores, varejistas e consumidor final, estejam em harmonia, em sintonia, com as adaptações que o planeta, o ambiente, rural ou urbano, estar a nos exigir, para a garantia da Vida, em suas diversas formas.

Liliana Peixinho* - Jornalista, ativista, Fundadora dos Movimentos AMA – Amigos do  Meio Ambiente e RAMA – Rede de Articulação e Mobilização Ambiental. Especialização em Mídia e RSA. MBA em Turismo e Hotelaria. Posgraduanda em Jornalismo Científico e Tecnológico - UFBA. lilianapeixinho@gmail.com